Cauã x Carrão: quando tocar outra pessoa pode se tornar um problema

No mundo do entretenimento, a última semana foi marcada pelos rumores envolvendo Cauã Raymond e suas supostas atitudes nos bastidores de “Vale Tudo”.

Além de uma possível reclamação de Bella Campos, seu par romântico na trama, ao compliance da TV Globo sobre o comportamento tóxico do colega, há especulações sobre um desentendimento com o ator Humberto Carrão. 

Conforme informações divulgadas pela revista Veja, uma fonte que pediu para não ser identificada contou que Humberto Carrão tem um jeito carinhoso de conversar com as pessoas, encostando e pegando no braço. A mania teria irritado Cauã mais de uma vez, levando-o a ameaçar Carrão de agressão caso o gesto se repetisse. 

A TV Globo, até o momento, não confirmou oficialmente nenhum dos conflitos envolvendo o elenco de “Vale Tudo”, uma das grandes apostas da grade comemorativa de 60 anos da emissora. Mas os burburinhos envolvendo Cauã Reymond e Humberto Carrão levantam o debate: quando tocar outra pessoa pode se tornar um problema?  

De acordo com Ligia Marques, especialista em etiqueta e comportamento sustentável, é válido lembrar que em algumas culturas o toque durante a conversa é mais comum e aceitável do que em outras. “Em muitas culturas latinas, mediterrâneas e do Oriente Médio, um toque leve no braço, no ombro ou mesmo um aperto de mãos mais prolongado durante uma conversa pode ser interpretado como um sinal de sinceridade e conexão. Nesses contextos, evitar qualquer contato físico pode até indicar frieza ou distanciamento”, diz.  

Já em muitas culturas asiáticas, do norte da Europa e da América do Norte o espaço pessoal é geralmente valorizado de forma mais intensa e o toque durante uma conversa com alguém que não se tem intimidade pode ser percebido como invasivo, desconfortável ou até mesmo agressivo. 

Espaço pessoal deve ser preservado

Ligia observa que, embora a etiqueta contemporânea tenha se tornado mais flexível e despojada, independentemente das questões culturais o espaço pessoal alheio continua sendo um pilar fundamental da convivência respeitosa.

“A falta de limites hoje em dia pode se manifestar justamente na dificuldade de algumas pessoas em reconhecerem e respeitarem essa necessidade de espaço, utilizando o toque de forma indiscriminada e sem levar em conta os sinais de desconforto do outro”, afirma.  

Para a consultora, quando essa mania de tocar se torna excessiva ou ocorre em momentos e com pessoas inapropriadas, é considerada falta de educação e de elegância. 

Gesto de Marina Ruy Barbosa também foi criticado

No último mês de março, a influenciadora Cíntia Chagas criticou o hábito ao publicar em seu Instagram um vídeo da atriz Marina Ruy Barbosa cumprimentando um amigo no Festival de Cannes tocando em seu braço. Pare de PEGAR nas pessoas! É inoportuno, deselegante e enfadonho”, escreveu.  

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Marina respondeu a crítica com ironia: “Obrigada pelo toque. Ops, toque não pode, né, Cíntia? Da próxima vez consulto antes como devo tratar meus amigos.” 

Segundo Ligia Marques, entre pessoas íntimas e conhecidas, como familiares, amigos próximos e parceiros românticos, o toque é geralmente uma forma natural e importante de comunicação e demonstração de afeto. “Abraços, apertos de mão mais demorados e um toque de conforto no ombro podem fortalecer laços e transmitir emoções positivas. Nesse contexto, o toque raramente é problemático, a menos que haja um desconforto específico por parte de um dos indivíduos”, explica. 

Ela completa que para quem se sente desconfortável com o toque excessivo, estabelecer limites de forma educada, mas firme, é essencial.

Já para evitar ser invasivo, é crucial estar atento aos sinais verbais e não verbais alheios. Isso significa observar se a pessoa se afasta com a proximidade, cruza os braços numa postura defensiva, mantém uma distância maior do que o habitual, parece tensa ou desconfortável durante a conversa, evita o contato visual após o toque, muda o tom de voz ou a fluidez da fala. “Se você perceber esses sinais, é prudente reduzir ou cessar o contato físico”, sugere. 

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Este conteúdo foi originalmente publicado em Cauã x Carrão: quando tocar outra pessoa pode se tornar um problema no site CNN Brasil.

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