
Um levantamento do Ministério da Saúde indica que 37% dos brasileiros com mais de 50 anos sofrem com dores crônicas. Em todo o mundo, cerca de 30% da população é afetada, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde).
Além de comprometer a qualidade de vida, a dor crônica pode levar à depressão e à ansiedade. É isso que aponta uma revisão de estudos feita pela Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos. Segundo o trabalho, 40% da população sofre dessas condições. Uma dor é considerada crônica quando persiste por mais de três meses e é de difícil localização.
Em todos os casos, o anestesista possui um arsenal terapêutico diversificado, além de conhecimento de como proporcionar alívio às dores crônicas, agudas e emergenciais. O diretor Departamento Científico da SBA (Sociedade Brasileira de Anestesiologia), Plínio Leal, explica que o trabalho do profissional vai muito além de fazer um paciente dormir e acordar em um procedimento cirúrgico.
A dor crônica segue três classificações: nociceptiva, neuropática ou nociplástica. A primeira é o tipo mais comum e decorre da lesão em um tecido do corpo. A segunda está ligada a alterações nos nervos e a última aparece quando o sistema nervoso central fica mais sensível.
Quanto aos tratamentos, o anestesiologista pode optar por bloqueio anestésico regional, radiofrequência ou infiltrações locais.
Uma das síndromes beneficiadas é a fibromialgia, que é caracterizada pela dor crônica generalizada, fadiga e distúrbios do sono. No Brasil, cerca de 3% da população, ou seja, aproximadamente 6 milhões e 700 mil pessoas, sofrem da doença.
Seja qual for o tipo de dor, a recomendação unânime dos especialistas é procurar ajuda clínica e não se automedicar.
Reportagem: Mirian Villa