O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta terça-feira (22) que alternativas para baratear o crédito ao consumidor e reduzir o risco de concessão para os bancos são “bem-vindas”.
Sem citar diretamente o consignado privado para trabalhadores com carteira assinada, programa lançado pelo governo federal em março com esse objetivo, o presidente do BC avalia que medidas nesse sentido seriam saudáveis para a economia brasileira.
O presidente da autoridade monetária afirmou que grande parte da população utiliza o crédito rotativo para consumo, embora ele tenha sido criado para situações emergenciais.
Com isso, os consumidores acabam pagando taxas de juro significativamente superiores à Selic. Esse forma de utilizar o crédito, segundo Galípolo, é “equivocada”.
“Esse tipo de crédito foi praticamente incorporado por uma parcela da população como se fosse renda disponível”, afirmou Galípolo.
É nesse contexto que o presidente do Banco Central defende medidas para o barateamento de crédito.
“Pensar em instrumentos para o consumidor poder migrar do crédito de alto custo para baixo custo, de maneira estrutural e oferecendo garantias, é bem-vindo. As famílias vão ter uma percepção de redução de custo e os bancos de redução de risco”, disse.
As declarações foram dadas durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
Durante a apresentação, Galípolo afirmou que um dos pilares da agenda do BC para os próximos anos é a ampliação do acesso de crédito de menor custo para a população.
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Este conteúdo foi originalmente publicado em Criar alternativas para crédito com custo menor é bem-vindo, diz Galípolo no site CNN Brasil.