
Estão sendo cumpridos sete mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal em Santa Catarina e Paraná, onde ocorre a Operação Forlands, que identificou um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro, responsável por adquirir veículos de luxo e caminhões com dinheiro do tráfico internacional de drogas e por investir na construção de edifícios no litoral catarinense, lavando o dinheiro do crime organizado e auferindo lucros.
Participam da operação 11 auditores-fiscais e analistas tributários da Receita Federal, além de agentes da Polícia Federal. Os mandados estão sendo cumpridos em Itapema (Santa Catarina) e Curitiba (Paraná). Veículos de luxo e caminhões foram adquiridos com dinheiro proveniente de crimes e colocados em nome de diversas pessoas e empresas ligadas ao esquema de lavagem de capitais, dificultando seu rastreamento.

Em alguns casos, foram simuladas revendas por valores subfaturados para os traficantes investigados, concluindo o processo de lavagem do dinheiro do crime, com a incorporação dos bens ao patrimônio dos criminosos. Empresas foram criadas para a construção de prédios residenciais e comerciais no litoral catarinense, com fortes indícios do uso de valores ilícitos para financiar as edificações.
As unidades são vendidas para terceiros ou transferidas para laranjas. Desta forma, a organização criminosa, além de lavar o dinheiro proveniente das atividades criminosas, busca auferir lucro e dar aparência de legalidade a suas atividades. Caso condenados, os investigados podem ser sentenciados a penas de até 10 anos de prisão.
O esquema de lavagem de dinheiro movimentou mais de 100 milhões de reais em 2024.
Informações: Juliano Couto