Forças Armadas da Venezuela reafirmam lealdade a Nicolás Maduro


A Suprema Corte de Justiça, controlada por Maduro, intimou o candidato de oposição, Edmundo González, a se apresentar nesta quarta-feira (7) diante do tribunal. Na Venezuela, ministro da Defesa diz que militares permanecem leais a Nicolás Maduro
Na Venezuela, o ministro da Defesa declarou que as Forças Armadas permanecem leais a Nicolás Maduro. E a Suprema Corte de Justiça, controlada por Maduro, intimou o candidato de oposição, Edmundo González, a se apresentar nesta quarta-feira (7) diante do tribunal.
Edmundo González terá que comparecer ao tribunal nesta quarta-feira (7), às 10h, para responder a perguntas dos magistrados. Também terá que apresentar todos os documentos referentes à eleição que estejam em poder dos partidos que o apoiam. A Suprema Corte Venezuelana é controlada por Nicolás Maduro.
Edmundo González se recusou a ir à Corte na semana passada por receio de ser preso. Na ocasião, outros candidatos à Presidência tiveram que assinar um termo reconhecendo a decisão do Conselho Nacional Eleitoral que proclamou Maduro vencedor das eleições.
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Na noite de segunda-feira (5), o chefe do Conselho Nacional Eleitoral, Elvis Amoroso, aliado de Nicolás Maduro, entregou à Suprema Corte o que o governo diz serem as atas de votação – os registros dos votos em cada sessão eleitoral. Mas depois de nove dias da eleição, o CNE ainda não divulgou os documentos publicamente. A oposição e a comunidade internacional contestam os números divulgados pelo governo venezuelano.
Também na segunda-feira (5), em uma carta, Edmundo González se declarou presidente eleito e afirmou que Maduro se nega a reconhecer que foi derrotado pelo país inteiro. González voltou a pedir que as Forças Armadas não reprimam manifestações populares contra o governo.
Forças Armadas da Venezuela reafirmam lealdade a Nicolás Maduro
Jornal Nacional/ Reprodução
Nesta terça-feira (6), o ministro da Defesa e chefe das Forças Armadas, general Vladimir Padrino, declarou “absoluta lealdade” a Maduro, que, segundo o general, foi legitimamente eleito para um novo mandato.
O presidente Lula ainda não atendeu ao pedido de Nicolás Maduro para uma conversa. Brasil, Colômbia e México tentam colocar Maduro e Edmundo González na mesma mesa de negociação.
Nesta terça-feira (6), a União Europeia pediu que a Venezuela pare com o que considera uma campanha judicial intimidatória contra a oposição.
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