Movimento Fashion Revolution instiga estudantes da Unifebe a promoverem a moda de forma mais ética e sustentável

Desde 2022, a bandeira de retalhos, hasteada no átrio do Bloco A, do campus Santa Terezinha, simboliza a participação dos estudantes de Design de Moda da Unifebe no movimento global Fashion Revolution. A bandeira, feita com resíduos têxteis, bordados e decorações, deixa marcadas nos pequenos quadrados de tecido as identidades do futuro da indústria da moda.

Exposta em um ambiente no qual toda a comunidade acadêmica da instituição pode visualizar, a bandeira ficará hasteada até o dia 24 de abril, e visa ampliar os debates do movimento para além dos corredores do curso de Design de Moda. “Acreditamos que refletir sobre sustentabilidade no mundo da moda é um assunto para todos os cidadãos e não apenas para os profissionais que trabalham com ‘roupas’. Ser sustentável vai além de comprar peças feitas com tecidos sustentáveis, é comprar de forma consciente, privilegiando peças que façam parte da sua identidade. É promover produtores locais, fomentar o trabalho artesanal e manual, é fazer uso de produtos ecológicos para lavar suas roupas, é comprar roupas de qualidade para durarem mais tempo”, reforça a embaixadora docente do Movimento na Unifebe, professora Gabriela Poltronieri Lenzi.

Na cerimônia de hasteamento da bandeira, a coordenadora de Design de Moda da Unifebe, professora Jô Rosa, relembrou o compromisso do curso de instigar os estudantes a se engajarem com a causa. “Participamos ativamente do movimento mundial Fashion Revolution, visando conscientizar os futuros profissionais e toda a comunidade acadêmica sobre os impactos da indústria da moda e a promoção do consumo consciente. Além disso, buscamos destacar questões como as condições de trabalho nas fábricas, o uso excessivo de recursos naturais e a produção de resíduos. O nosso intuito é promover uma mudança positiva na indústria da moda”, complementa a coordenadora.

Este ano, o tema central do Movimento é “Pense global, aja local: quem é o Brasil na revolução da Moda?”. O estudante, Mallon Gustavo Boteon, instigou os colegas de profissão a se questionarem sobre as suas formas de consumo, convidando os alunos a serem acadêmicos de Design de Moda mais participativos e mais interessados em temas que possam ajudar a transformar a moda e o lugar onde vivem. “O mundo transformou-se drasticamente nos últimos anos, infelizmente de forma negativa nas questões climáticas, e não precisamos ir longe para sentirmos os impactos disso. Não podemos criticar a indústria da moda, até porque nós também somos a indústria, mas podemos transformar o nosso olhar e ter consciência das nossas atitudes. Podemos não conseguir transformar o mundo, mas com pequenas ações somos capazes de fazer mudanças diárias”, disse o acadêmico.

O Movimento

O Fashion Revolution é um movimento global que tem como objetivo promover uma moda mais ética, transparente e sustentável. O movimento foi criado após um conselho global de profissionais da moda se sensibilizar com o desabamento do edifício Rana Plaza em Bangladesh, que causou a morte de 1.134 trabalhadores da indústria de confecção e deixou mais de 2.500 feridos. A tragédia aconteceu no dia 24 de abril de 2013, e as vítimas trabalhavam para marcas globais, em condições análogas à escravidão.

A partir disso, o Fashion Revolution iniciou uma campanha para que, por meio de pesquisa, informação, educação, colaboração e movimentação, conscientize as pessoas sobre os impactos socioambientais do setor, celebre as pessoas por trás das roupas, incentive a transparência e fomente a sustentabilidade. Atualmente, mais de 100 países se engajam voluntariamente em ações para que a Semana Fashion Revolution seja realizada em todo o mundo.

“O envolvimento em iniciativas como esta contribuem para orientar os acadêmicos sobre os impactos ambientais e sociais da moda, mas também os inspira a fazer escolhas mais responsáveis e a contribuir para um futuro mais sustentável”, avalia a coordenadora do curso.

Confira as fotos da cerimônia de hasteamento da bandeira de retalhos:

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