O Ministério Público de Rondônia (MP-RO) denunciou 12 pessoas suspeitas de envolvimento em uma série de ataques violentos ocorridos em diferentes municípios do estado em janeiro deste ano.
Os atentados, que envolveram incêndios, explosões e depredações, teriam sido executados a mando de uma facção criminosa em resposta à atuação policial na região.
Segundo o MP, as ações criminosas foram desencadeadas após a emissão de um “salve geral” por lideranças da facção, com ramificações em Porto Velho e em outras cidades. Os denunciados teriam difundido as instruções por meio de chats privados e grupos organizados em aplicativos de mensagens, incitando os ataques a bens públicos e privados.
A denúncia foi oferecida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e pelo Núcleo de Enfrentamento aos Crimes Cometidos por Facções Criminosas (NUFAC), com base em investigações conduzidas com apoio da Força-Tarefa Integrada de Combate ao Crime Organizado (FTICCO-RO).
A Justiça da 4ª Vara Criminal de Porto Velho acolheu a denúncia e decretou a prisão preventiva de seis dos acusados. Eles devem responder por integração a organização criminosa e incitação ao crime.
Relembre o caso
O crime organizado incendiou cerca de 18 ônibus na madrugada do dia 15 de janeiro em Porto Velho (RO), no enfrentamento às forças de segurança local. O total se somou aos outros 3 que já haviam sido queimados nos dias anteriores. Dos coletivos atacados, 13 eram da prefeitura. Na época, o prefeito Léo Moraes (Podemos) afirmou à CNN que o prejuízo aos cofres públicos chegaram a R$ 5 milhões.
O caso ocorreu próximo ao cruzamento entre as avenidas Lauro Sodré e dos Imigrantes.
A crise na segurança começou quando um policial militar foi morto em uma emboscada em um conjunto habitacional comandado pela facção Comando Vermelho. As polícias locais contra-atacaram e o enfrentamento se instalou.
Em áudios obtidos pela CNN, supostos integrantes da facção ameaçam o transporte público da cidade. Em um dos áudios, o criminoso explica que vai usar garrafa de vidro e gasolina nos ataques. Em uma das mensagens, o criminoso explica que vai usar garrafa de vidro e gasolina nos ataques para fechar “as saídas”.
Mais de 10 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas durante os ataques que durou aproximadamente uma semana.
*Sob supervisão
Este conteúdo foi originalmente publicado em MP denuncia 12 suspeitos por ataques coordenados de facção criminosa em RO no site CNN Brasil.