O padre brasileiro Márcio Gaido, da cidade de Jaú, interior de São Paulo, prestou suas homenagens ao papa Francisco no Vaticano, destacando o legado deixado pelo pontífice para a Igreja Católica e para o mundo.
Em entrevista à CNN, o religioso descreveu a experiência de se despedir de Francisco como “indescritível”.
Ele observou a presença de pessoas de diversas nacionalidades e confissões religiosas, demonstrando o alcance e a influência do papa além das fronteiras do catolicismo.
Igreja missionária
Segundo o padre brasileiro, o principal legado do papa Francisco para a Igreja Católica é a visão de uma instituição mais missionária e próxima das pessoas.
“O papa trouxe uma visão de uma igreja muito mais missionária, isso certamente já depois do Concílio Vaticano II, especificamente nas palavras de Paulo VI e depois na sequência dos outros papas, é a originalidade da igreja, é a naturalidade da igreja ser missionária desde a sua origem”, afirmou Gaido.
O religioso destacou que Francisco promoveu uma “igreja em saída”, que acolhe as pessoas e cuida dos mais necessitados, em vez de ser uma “igreja de alfândega”. Essa abordagem, segundo Gaido, tornou a Igreja mais acessível e relevante para o mundo contemporâneo.
Marcas do pontificado
Gaido relembrou da simplicidade e o bom humor do papa Francisco como características marcantes de sua personalidade e de seu pontificado.
“A simplicidade, o bom humor dessa pessoa, a humanidade do papa Francisco, nos toca profundamente, tocou acho que todas as pessoas, independentemente da sua crença religiosa”, observou o padre.
Além disso, o sacerdote brasileiro ressaltou a capacidade do papa de dialogar com diferentes realidades e grupos sociais. “Ele [Francisco] teve essa maneira, esse dom, esse carisma de conversar, sua linguagem era acessível a qualquer pessoa”, afirmou Gaido.
Impacto global
O padre Márcio Gaido também mencionou a atuação do papa Francisco em questões globais importantes, como a defesa do meio ambiente, expressa na encíclica “Laudato Si”, e seus apelos pelo fim dos conflitos armados.
“O papa é promotor de que haja o fim das guerras, ele disse a guerra é sempre uma derrota”, lembrou o sacerdote.
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