Onça que atacou caseiro está desidratada e abaixo do peso, aponta boletim

A onça-pintada que foi capturada após devorar o caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, está desidratada e abaixo do peso, segundo boletim veterinário divulgado pelo Governo do Mato Grosso do Sul. A captura ocorreu nesta quinta-feira (24), no Pantanal, três dias após o homem ser morto.

O animal foi levado ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) para receber atendimento devido ao estado de fraqueza que se encontrava. A onça também apresenta alterações hepáticas, renais e gastrointestinais e está em um local com grades e seguro para receber o cuidado adequado.

De acordo com o boletim, o felino, um macho de aproximadamente 9 anos e 94 quilos, está 26 quilos abaixo do peso.

Após acordar da anestesia, o animal está consciente e não apresentou novos problemas de saúde na primeira noite no CRAS. De modo geral, o felino apresenta comportamento que se enquadra como normal.

Os veterinários aguardam laudos e resultados de exames complementares, como raio-x, ultrassom e hemograma para concluírem o diagnóstico de saúde do felino.

O que sabemos sobre o caso do caseiro que foi devorado por onça no MS

Como é a região onde o homem foi atacado

A região de Touro Morto, local onde um homem de 60 anos morreu após ser atacado por uma onça-pintada, está localizada no município de Aquidauana, no estado de Mato Grosso do Sul. A área é de difícil acesso e está situada a aproximadamente a 150 quilômetros da cidade de Miranda.

Caracterizada pela natureza selvagem, com vegetação densa e rica biodiversidade, a região é parte integrante do bioma do Pantanal sul-mato-grossense. A área territorial do município é de 17.008,5 Km², e deste total 75% é coberto pelo Pantanal.

Um estudo realizado pelo Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade (ICMBio) mostra que o Pantanal é o bioma brasileiro com maior índice de espécies preservadas. A região é habitat natural de diversos animais, incluindo a onça-pintada e a onça-parda.

O pesquisador Heriberto Gimenes Junior, mestre em Biologia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), destaca que a geografia da região pantaneira e uma série de fatores que incluem o alto grau de conservação do ecossistema favorecem a preservação e refúgio das espécies.

*Sob supervisão

Este conteúdo foi originalmente publicado em Onça que atacou caseiro está desidratada e abaixo do peso, aponta boletim no site CNN Brasil.

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