O 2200 Studios, novo complexo de gravação na Bay Area de São Francisco inaugurado no início de 2025, revelou seu estúdio principal, Studio A, equipado com um console analógico Solid State Logic ORIGIN de 32 canais. O espaço ocupa o edifício onde funcionou, desde 1972, o lendário Record Plant Sausalito, que mais tarde se tornou The Plant e, depois, Plant Studios. Após um período de inatividade, o estúdio passou por uma ampla modernização antes de reabrir as portas.
Ao longo das décadas, o Studio A recebeu consoles de diversas marcas, mas para Damien Lewis, diretor de operações e engenheiro-chefe da instalação, havia apenas uma opção a considerar. “Sou fã da SSL. Sempre gostei do som e do fluxo de trabalho da marca. O ORIGIN faz muito sentido porque reúne o melhor da SSL até agora. A forma como fazemos discos hoje mudou, e o ORIGIN tem os recursos modernos que precisamos, como o modo de mixagem com soma em 0 dB. Tem um som incrível, é versátil, reflete o fluxo de trabalho híbrido atual e, com seu tamanho compacto e baixo consumo de energia — adoro o modo de hibernação automático —, oferece um ótimo custo-benefício”, afirma Lewis, vencedor do Grammy, que tem no currículo trabalhos com Justin Timberlake, Lizzo, Rihanna, Beyoncé, entre outros.
O console foi adquirido como uma solução completa, com cabeamento e patchbays, por meio da Sweetwater, com apoio do técnico de vendas Michael Grebe, que acompanhou pessoalmente a instalação junto à equipe técnica do estúdio. Segundo Lewis, o processo foi tranquilo, e o sistema estava em funcionamento em dois dias.
Localizado em Marin County, ao norte da ponte Golden Gate, o prédio de madeira vermelha onde artistas como Stevie Wonder, Fleetwood Mac e Sly Stone gravaram clássicos passou por várias reformas ao longo do tempo. Agora, sob a liderança de Lewis, o local volta à ativa com tecnologia atualizada e novos ambientes. “A cada dez anos esse estúdio passava por uma transformação”, conta ele.
O novo console ORIGIN conta com um rack de módulos 500 Series instalado na seção central, mas Lewis também utiliza o controlador UF8 quando precisa de mais faders para automação. Ele elogia a modularidade do sistema e o reposicionamento da seção de equalização, agora mais acessível. Outro destaque, segundo ele, é a matriz de roteamento posicionada no centro da mesa, facilitando a operação.
Para Lewis, a flexibilidade do console é essencial para os produtores. “Permite que se concentrem na criatividade e consigam realmente expressar seu som.” Desde a reabertura do estúdio, alguns engenheiros e produtores premiados já passaram por lá. “Logo de cara, usaram os prés da SSL e conseguiram sons incríveis em cinco minutos. Temos outros prés disponíveis, mas eles foram direto nos da SSL e ficaram impressionados. Estamos muito satisfeitos com o novo ORIGIN.”
Mesmo quando utiliza processamento externo, Lewis mantém o sinal passando pelos faders da mesa antes de chegar ao Pro Tools. “Gosto de como o console tem o pequeno fader direcionado para o tape como padrão. O fluxo de trabalho faz sentido: você pode acionar os filtros e o EQ, usar os dois caminhos de entrada por canal e alternar os sinais. Tudo passa pelo fader pequeno, e uso os EQs da mesa — esse é meu jeito de trabalhar. Independentemente do caminho do sinal, tudo passa pelo SSL antes de ir para o tape ou o Pro Tools.”
Ele afirma que o ORIGIN se encaixa perfeitamente no fluxo de trabalho do pop moderno. “Quando trabalho com produtores desse meio, eles trazem estações de trabalho, sintetizadores, interfaces. Eu conecto tudo à mesa e direciono ao Pro Tools. Com alguém como Danja, que produz Justin Timberlake, ele monta batidas no Ableton, me envia os stems, toca partes ao vivo, e eu rotei a interface dele por faders da mesa até o Pro Tools. Monitoro os sinais ao vivo enquanto gravo. Deixo os canais 1 e 2 no modo de bypass de fader com 0 dB, panoro para esquerda e direita, e tenho um caminho perfeito de monitoração no Pro Tools direto do console. Esse tipo de fluxo de trabalho é essencial para mim.”
Site relacionado: https://solidstatelogic.com
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