Gerdau mantém otimismo sobre encomendas de aço nos EUA

A Gerdau segue otimista sobre o desempenho de suas operações na América do Norte, diante de uma carteira de encomendas elevadas e apesar de preocupações sobre incertezas geradas pela política comercial dos Estados Unidos, afirmaram executivos da siderúrgica brasileira nesta terça-feira (29).

O vice-presidente de finanças da Gerdau, Rafael Dorneles Japur, afirmou que a carteira de encomendas da companhia nos EUA segue acima de 70 dias, nível considerado “robusto” pelo executivo.

“Não temos percebido redução nos volumes de vendas”, afirmou o executivo durante conferência com analistas sobre os resultados da companhia no primeiro trimestre, divulgados na noite de segunda-feira (28).

“Claro que alguns setores estão mais preocupados que outros (com as tarifas de importação), como a indústria automotiva, mas, de uma forma geral, entendemos que estamos com um nível de atividade robusto”, acrescentou Japur.

Por sua vez, o presidente-executivo, Gustavo Werneck, afirmou que “não tem nada hoje que eu olhe e me traga grandes preocupações sobre a saúde de nossa carteira lá (EUA)”. A operação da Gerdau na América do Norte foi responsável por 49% do resultado operacional do grupo no primeiro trimestre.

Segundo a companhia, o portfólio de produtos da empresa nos EUA tem encontrado demanda resiliente nos setores voltados a obras de construção não-residencial e energia solar, que têm sido favorecidos pela preferência do mercado por produtos nacionais em detrimento dos importados.

No primeiro trimestre, a receita líquida da Gerdau da América do Norte cresceu quase 11% sobre um ano antes, para R$8,8 bilhões, apoiada em parte pela valorização do dólar frente o real, que compensou quedas de preços no mercado.

As ações da companhia, que começaram o dia no vermelho, exibiam alta de 0,4% às 13h49, enquanto o Ibovespa tinha valorização de 0,64%.

Questionado sobre a operação do novo laminador de bobinas a quente inaugurado em março em usina da companhia em Ouro Branco (MG), após investimento de R$1,5 bilhão, Japur afirmou que não acredita que poderá gerar impacto relevante nos preços do material no Brasil.

O novo equipamento deve atingir um custo operacional “normalizado” até o terceiro trimestre, disse o executivo, e o volume adicional não deverá ser suficiente para pressionar por si só os preços de bobinas a quente no mercado interno. O equipamento tem capacidade de anual de produção de 250 mil toneladas e deve colaborar para reduzir o custo total da produção de aços planos da Gerdau no Brasil, disse Japur.

Já sobre vergalhão no Brasil, Werneck afirmou que a empresa vai procurar defender sua participação de mercado. “Não tem ‘trade-off’…É muito lógico termos uma participação que seja digna de nosso tamanho”, disse o executivo, cuja empresa é uma das maiores produtoras de aços longos das Américas.

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