
Brusque, Botuverá e Guabiruba, localizadas no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, formam a área de concentração urbana com o menor índice de arborização em vias públicas do Brasil, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em abril. O levantamento, um recorte do Censo 2022, revelou que três em cada cinco catarinenses — cerca de 3,84 milhões de pessoas — vivem em ruas ou avenidas sem árvores.
O cenário da arborização em Santa Catarina
O estudo mostrou que 33,7% das vias urbanas no estado foram classificadas como desprovidas de arborização, enquanto 58,8% apresentam árvores. Esses dados colocam Brusque e sua área de influência, que inclui Botuverá e Guabiruba, em destaque negativo no país.
Arborização foi definida pela pesquisa como a presença de árvores com altura superior a 1,7 metro em áreas públicas ao longo de vias, como ruas, avenidas e estradas. A análise considerou trechos distintos de uma mesma via, de forma que moradores em segmentos arborizados foram contabilizados separadamente daqueles em trechos sem árvores.
Desafios e ações locais
A prefeitura de Brusque atribuiu a baixa arborização ao crescimento desordenado ao longo dos anos, que limitou os espaços disponíveis para o plantio de árvores em áreas urbanas. Em resposta, o município afirmou que está desenvolvendo o Plano Municipal de Arborização, que prevê medidas para reverter o cenário em breve.
Até o momento, as prefeituras de Botuverá e Guabiruba não se manifestaram sobre o levantamento.
Importância da arborização urbana
O IBGE destaca que a presença de árvores contribui para a redução de ilhas de calor nas cidades, melhora a qualidade do ar e proporciona conforto térmico aos moradores. A pesquisa foi realizada para subsidiar estudos, diagnósticos e políticas públicas voltadas à melhoria das condições urbanísticas.
Dados nacionais
No panorama nacional, 34% da população brasileira — cerca de 59 milhões de pessoas — vive em vias sem árvores. Entre as áreas arborizadas, 20,4% dos brasileiros residem em locais com até duas árvores, enquanto 32,1% têm acesso a cinco ou mais árvores ao longo das ruas.
A falta de arborização no Vale do Itajaí acende um alerta para a necessidade de ações que promovam o equilíbrio entre o crescimento urbano e a qualidade ambiental, contribuindo para a qualidade de vida dos moradores da região e de outras áreas afetadas no Brasil.
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