O caso envolvendo o empresário que demitiu uma funcionária que ganhou um Jeep Compass em sorteio da empresa ganhou novo capítulo, mais uma vez envolvendo carros. Rodrigo Morgado, influenciador e CEO da Quadri Contabilidade, foi preso pela Polícia Federal durante a Operação Narco Vela, ação voltada a desarticular uma organização criminosa envolvida com tráfico internacional de drogas.
Com o suspeito, os agentes apreenderam ao menos dois veículos superexclusivos do empresário. A Justiça Federal determinou ainda o bloqueio de bens e apreensão de patrimônio do grupo investigado, em montante que pode chegar a R$ 1,32 bilhão. Entre os bens, um Lamborghini Urus e uma Ferrari 296 GTB.
O nome de Morgado havia ganhado repercussão pública semanas antes, quando a auxiliar de contabilidade Larissa Amaral da Silva, funcionária da Quadri, denunciou nas redes sociais ter sido demitida após vencer um sorteio interno promovido pela empresa. O prêmio era um Jeep Compass, avaliado em cerca de R$ 100 mil, cuja posse estava vinculada a condições específicas impostas pela companhia.
Enquanto Rodrigo Morgado disputava a posse do Compass com a ex-funcionária, ele apresentava uma Ferrari 296 GTB, que pode ultrapassar R$ 4 milhões de acordo com a configuração da unidade. O superesportivo italiano na cor vermelho Rosso Corsa é um híbrido plug-in, equipado com motor V6 3.0 biturbo combinado a um propulsor elétrico, resultando em 830 cv de potência.
O desempenho é condizente com números de supercarro: aceleração de 0 a 100 km/h em 2,9 segundos e velocidade máxima de 330 km/h.
Além disso, a 296 GTB oferece autonomia elétrica de até 25 km, suficiente para deslocamentos urbanos sem emissões. O consumo combinado é de 6,3 km/l, bom número para um esportivo dessa categoria. O outro veículo apreendido foi um Lamborghini Urus, na extravagante cor roxa Viola Pasifae. O SUV esportivo tem motor V8 4.0 biturbo que entrega 650 cv e 86,7 kgfm de torque.
Esse conjunto permite que o SUV acelere de 0 a 100 km/h em 3,6 segundos, com velocidade final de 305 km/h. Por aqui, o modelo também pode custar entre R$ 3,9 milhões e R$ 4,3 milhões, de acordo com a configuração.
Caso Compass
Segundo a ex-funcionária de Rodrigo Morgado, o Jeep Compass que ela ganhou no sorteio apresentou defeitos mecânicos. Após gastar cerca de R$ 10 mil com reparos e questionamentos à empresa sobre os problemas, ela teria sido desligada. O regulamento interno exigia permanência de um ano na empresa e o cumprimento de metas trimestrais para que a transferência definitiva do automóvel fosse efetivada.
A Quadri, por sua vez, alegou que Larissa violou regras ao sublocar o carro para outra colega e teria desrespeitado o acordo ao criticar o plano de ação. O caso repercutiu nas redes sociais e, em paralelo a isso, o CEO da empresa foi preso. A Operação Narco Vela investiga o envio de cocaína para Europa e África utilizando embarcações e satélites.
Jeep Compass: SUV médio é vendido com preço de compacto
Este conteúdo foi originalmente publicado em Conheça os supercarros do CEO que demitiu funcionária após sorteio no site CNN Brasil.
