A estimativa de investimentos das iniciativas de parcerias público-privadas (PPPs) ativas em estruturação, para o setor de resíduos sólidos, alcança R$ 27,3 bilhões. O segmento se destacou em março, somando 12 projetos em fase de modelagem iniciada.
O número faz parte do total de 40 novas iniciativas lançadas no âmbito das PPPs no mês de março, o maior número em 2025.
O levantamento aparece no último relatório iRadarPPP, elaborado pela consultoria Radar PPP e antecipado todo mês pela CNN.
Dentro do segmento de resíduos sólidos, ao todo, são 178 iniciativas consideradas como ativas em estruturação — aquelas que vão da situação “modelagem” à “licitação”. Destas, são 130 iniciativas municipais, 43 em consórcio e 5 iniciativas estaduais.
Sócio da Radar PPP, Frederico Ribeiro, destaca que o setor tem grande potencial de inovar, principalmente, na etapa final da cadeia, quando se discute a destinação de resíduos. O especialista pontua que é nesta etapa que ocorre o uso de novas tecnologias e a exploração de novos formatos para a destinação ambientalmente adequada dos resíduos.
Dos 12 novos projetos para resíduos sólidos registrados em março, oito deles foram iniciados no âmbito do Programa Integra Resíduos, uma iniciativa do governo do estado de São Paulo para contribuir para a estruturação de projetos sustentáveis.
“Estamos vendo um aquecimento desse setor. É o ano que temos expectativa de ver leilões importantes acontecendo dentro desse segmento”, diz Ribeiro.
Estando dentro do guarda-chuva do setor de saneamento, o segmento de resíduos sólidos tende a se beneficiar do Novo Marco de Saneamento Básico, aprovado em 2023, que determinou a regionalização.
Dessa forma, a união de municípios em um território é capaz de gerar maior sinergia e gerar ganhos em escala para viabilizar projetos.
BNDES e Caixa
O sócio da Radar PPP menciona iniciativas da Caixa e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de apoio a municípios e estados para estruturar parcerias.
No caso do banco de desenvolvimento, Ribeiro cita o sucesso no projeto de concessão de saneamento no Amapá e destaca a continuidade do banco em expandir sua carteira no setor de resíduos sólidos.
Em março, o banco assinou contrato para desenvolvimento de estudos de viabilidade técnica, econômica e financeira com consultores para estruturação de projeto de concessão para os serviços de gestão de resíduos em Goiás.
A iniciativa pretende contemplar a prestação de serviços em todos os 246 municípios do estado.
Especialistas: Brasil pode liderar transição para mercado de baixo carbono
Este conteúdo foi originalmente publicado em Iniciativas de PPPs no setor de resíduos sólidos somam R$ 27,3 bilhões no site CNN Brasil.
