Veja o que é #FATO ou #FAKE na entrevista de Guilherme Boulos para O Assunto


Candidata do PSOL deu entrevista para Natuza Nery. Guilherme Boulos (PSOL) em entrevista ao g1, nesta quarta-feira (7)
Fábio Tito/g1
O deputado federal Guilherme Boulos, candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSOL, foi o terceiro entrevistado da série do g1 com os candidatos à Prefeitura de São Paulo, nesta quarta-feira (7).
As entrevistas são realizadas ao vivo pelo podcast O Assunto com transmissão no site, além do YouTube e TikTok.
A equipe do Fato ou Fake checou as principais declarações do candidato. Leia:
“Eu aprovei no meu primeiro ano de mandato três projetos de Lei. Esses três projetos foram aprovados com votos do MDB, do PSDB, do União Brasil, do Republicanos, de partidos que têm visões ideológicas totalmente distintas da minha.”
selo não é bem assim
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#NÃO É BEM ASSIM. Veja por quê: Entre os projetos que Boulos diz ter aprovado, está um substitutivo apresentado por ele do Projeto de Lei 2920/23, que prevê a retomada do Programa de Aquisição de Alimentos. De autoria do Poder Executivo, o PL teve relatoria do próprio candidato do PSOL. Em julho de 2023, o texto substitutivo virou lei após ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Boulos também foi autor do Projeto de Lei 2530/23, que dispunha sobre a proibição de empréstimos consignados contratados sem autorização do beneficiário. O PL de autoria do candidato do PSOL tramitou incorporado a uma proposta mais antiga, o Projeto de Lei 2131/07. No final, o texto aprovado foi um substitutivo apresentado pela deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), que inclui a proposta de Guilherme Boulos.
Outro PL que Boulos considera ter aprovado é o nº 4035/2023, que institui agosto como “mês de combate às desigualdades”. O texto base apresentado pelo deputado foi aprovado com 205 votos favoráveis de um total de 263, em novembro de 2023. No entanto, destaques apresentados pela oposição, que serão votados de forma separada, ainda não foram ao plenário, o que travou a conclusão da tramitação do projeto na Câmara.
“É a maior coligação do campo progressista da história das eleições municipais de São Paulo”.
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A declaração é #FATO. Veja por quê: Na eleição de 2004, Marta Suplicy (PT), que disputou o pleito também pelo Partido dos Trabalhadores, tinha a sua candidatura apoiada por sete partidos: PT, PTB, PSL, PL, PRTB, PC do B e PTN. Até então, essa era a maior coligação de partidos progressistas que tinha participado de uma eleição paulistana.
Em 2024, a chapa Guilherme Boulos (PSOL) e Marta Suplicy será apoiada por oito partidos, como afirmou na entrevista: PT, PSOL, Rede, PDT, PV, PC do B, PMB e PC.
“Recentemente, o meu adversário Ricardo Nunes, que hoje ocupa a cadeira de prefeito de São Paulo, disse que não houve tentativa golpista no 8 de janeiro, disse que eram senhorinhas.”
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A declaração é #FATO. Veja por quê: No dia 15 de julho, o atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou que não considera o 8 de janeiro uma tentativa de golpe, durante uma sabatina promovida pelo site UOL e pelo jornal Folha de S. Paulo.
“Aquelas pessoas que a gente viu ali, a grande maioria humildes, ambulantes, aposentados. Elas cometeram um erro gravíssimo, têm que pagar por isso, mas eu acho que está muito distante de a gente poder dizer que aquelas pessoas tinham a intenção de dar um golpe de Estado”, afirmou Nunes. “O 8 de janeiro foi um atentado contra o patrimônio público, o que eu repudio”, ainda disse o prefeito durante sabatina.
Na declaração, Nunes também comparou a invasão às sedes dos Três Poderes, em Brasília, à invasão do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) a prédios do Ministério da Fazenda em Brasília e São Paulo, em 2015. O episódio teve a participação do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP).
“Se a gente entrar no Google e colocar ‘Boulos invade ministério’ vai sair na capa a foto do Boulos em cima da mesa de uma invasão de um prédio público do Ministério da Fazenda. Não tem diferença com relação à questão das invasões do prédio público”, completou Nunes, fazendo referência ao 8 de janeiro.
“O que aumentou muito, explodiu foi o roubo de celular.”
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A declaração é #FAKE: Veja por quê: A cidade de São Paulo registrou 132.557 roubos de celulares em 2022 e 80.306 em 2023, ou seja, uma queda de 39,5% — diferente do que foi afirmado por Boulos. Os dados são do Portal da Transparência da Secretaria de Segurança Pública (SSP).
O número de furto de celulares também sofreu queda acentuada na capital comparando os anos de 2022 e 2023. Foram 140.269 notificações ante 96.296 — queda de 31,1%.
Questionada sobre os dados de roubo e furto de celulares, a assessoria de imprensa do Boulos afirmou que “teve aumento em determinados bairros da zona sul e oeste”.
“O atual prefeito tinha a meta de fazer 2000 ônibus elétricos, não fez 200 em quatro anos.”
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A declaração é #FATO. Veja por quê: A gestão de Bruno Covas e Ricardo Nunes definiu como meta encerrar o mandato com 20% da frota de ônibus da cidade de São Paulo composta por ônibus elétricos, valor equivalente a 2.667 dos 13.337 veículos.
Até o momento, o município conta com 381 veículos movidos à energia elétrica, dos quais apenas 180 ônibus foram adquiridos na gestão de Nunes.
Participaram da checagem: Cecília do Lago, Daniel Reis, Giovanna Durães, Letícia Dauer, Lívia Martins, Lucas Ferraz e Mel Trench
Fato ou Fake explica:
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