Recém-empossado, ministro da Previdência é alvo da oposição; entenda

Convidado na última sexta-feira (2), para assumir o Ministério da Previdência, Wolney Queiroz está há poucos dias no cargo, mas já enfrenta problemas com a oposição no Congresso Nacional.

Ele foi chamado para assumir a pasta depois de o ministro Carlos Lupi pedir demissão após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele vinha sendo pressionado no cargo em meio às investigações sobre fraudes em descontos associativos no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Opositores realizam uma ofensiva contra o governo no Congresso. Deputados e senadores de oposição afirmam ter conseguido as assinaturas necessárias para protocolar um pedido de criação de Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar as fraudes no INSS. 

Na Câmara, o deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) alcançou as 171 assinaturas necessárias para instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a atuação de sindicatos envolvidos no esquema. 

Além das CPIs, a oposição acionou a Justiça contra o novo ministro Wolney Queiroz. A senadora Damares Alves (Republicanos-DF), ingressou com uma ação popular na Justiça Federal de Brasília, para impedir a posse do ex-deputado.

Damares argumenta que Wolney “presidiu parte da 303ª reunião do CNPS, em abril de 2024, na qual foi lido relatório sobre a fraude. Mesmo diante de provas contundentes de irregularidades não tomou providências para proteger as vítimas”.

Na mesma linha, o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante, pediu à Procuradoria-Geral da República (PGR) o afastamento de Wolney do cargo. No requerimento, ele também pede que o ex-secretário-executivo seja investigado por omissão, violação aos princípios da administração pública e inidoneidade moral superveniente.

Para o parlamentar, o novo ministro adotou “conduta omissiva dolosa, consubstanciada na inércia” diante do esquema bilionário de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Fraude de R$ 6 bilhões

Até o momento, seis servidores públicos foram afastados de suas funções, em decorrência da operação que mirou, na última quarta-feira (23), um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões.

A operação teve início a partir da identificação do aumento desses descontos, assim como um crescimento nas reclamações dos aposentados em relação a estes valores.

De acordo com o ministro da Controladoria-Geral da União, comprovou-se que, as entidades analisadas “não tinham nenhuma estrutura operacional para prestar os serviços que ofereciam”.

Trabalhadores rurais, indígenas e outros grupos mais vulneráveis foram os mais afetados, de acordo com investigação da Polícia Federal (PF) e da Controladoria Geral da União (CGU).

Este conteúdo foi originalmente publicado em Recém-empossado, ministro da Previdência é alvo da oposição; entenda no site CNN Brasil.

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