O primeiro-ministro do Paquistão, Shehbaz Sharif, encarregou as Forças Armadas do país de praticar “autodefesa” com “ações correspondentes”, horas após a Índia ter lançado uma série de ataques na manhã desta quarta-feira (7), segundo o gabinete.
Sharif apelou às Forças Armadas do Paquistão para “vingarem a perda de vidas paquistanesas inocentes”, após uma reunião de emergência do Comitê de Segurança Nacional (NSC) nesta quarta-feira (7).
As Forças Armadas da Índia atacaram locais no Paquistão e na Caxemira administrada pelo Paquistão, matando pelo menos 26 pessoas – incluindo uma menina de 3 anos – e ferindo pelo menos outras 46.
“O Paquistão reserva-se o direito de responder, em legítima defesa, no momento, local e maneira que escolher para vingar a perda de vidas paquistanesas inocentes e a flagrante violação de sua soberania”, dizia o comunicado da reunião do NSC.
“As Forças Armadas do Paquistão foram devidamente autorizadas a empreender ações correspondentes a esse respeito”, acrescentou. “A nação permanece galvanizada e resoluta diante de qualquer nova agressão.”
Nova Déli afirmou ter lançado a investida em resposta a um massacre mortal na Caxemira controlada pela Índia em 22 de abril.
Homens armados mataram mais de duas dúzias de pessoas, a maioria turistas, na região de conflitos de Jammu e Caxemira.
Islamabade negou repetidamente envolvimento no ataque.
Desde então, ambas as partes têm mantido uma retórica de acusações, rompendo as relações já conflituosas entre os dois vizinhos e aumentando os temores de um confronto generalizado.
Entenda o conflito entre Índia e Paquistão
A Índia lançou a “Operação Sindoor” nesta quarta-feira (7) — noite de terça-feira (6), no horário de Brasília — e atingiu “infraestrutura terrorista” tanto no Paquistão quanto na região da Caxemira administrada pelo Paquistão.
Essa é uma grande escalada, que leva as duas nações vizinhas, que possuem armas nucleares, à beira de uma guerra total.
O Paquistão diz ter abatido cinco jatos da Força Aérea Indiana e um drone. A Índia não confirmou essas perdas.
Fontes paquistanesas disseram que três dos cinco aviões abatidos eram caças Rafale — ativos valiosos da Força Aérea Indiana adquiridos de um fabricante francês.
A ofensiva indiana ocorre após homens armados matarem 26 pessoas, a maioria turistas, na Caxemira controlada pela Índia em abril.
A Índia acusou o Paquistão de envolvimento, algo que o governo paquistanês nega.
A Índia, de maioria hindu, e o Paquistão, de maioria muçulmana, controlam partes da Caxemira, mas a reivindicam integralmente e já travaram três guerras pelo território.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Premiê do Paquistão autoriza Exército a responder ataques da Índia no site CNN Brasil.