Com o início oficial do conclave nesta quarta-feira (7), as atenções se voltam para os cardeais cotados a assumir o papado. Entre os favoritos, destaca-se o cardeal Mário Grech, de 68 anos, atual secretário-geral do Sínodo dos Bispos.
Originário da pequena ilha de Gozo, em Malta, Grech ganhou notoriedade em 2016 ao liderar uma peregrinação para pedir chuva durante uma severa seca. Surpreendentemente, três dias após a oração, a chuva caiu, rendendo-lhe o apelido de “o cardeal que fez chover”.
Perfil reformista e sensibilidade social
Grech é conhecido por seu perfil reformista e sua sensibilidade às questões sociais, características que o alinham com o legado do papa Francisco. Sua atuação no Sínodo dos Bispos, onde abordou temas sensíveis para a Igreja, como o acolhimento à população LGBTQIA+ e ordenação de mulheres, reforçando sua imagem de progressista dentro da instituição.
Em uma de suas declarações, Grech enfatizou a importância da unidade e do diálogo:
“Ninguém se salva sozinho, nem o pároco, nem o bispo, nem o papa. Todos temos o direito e o dever de abrir nosso coração para ouvir os outros antes de tomar posições e decisões”.
Apesar de seu prestígio interno na Igreja Católica, Grech enfrenta desafios. A origem em Malta, menor país da União Europeia, pode pesar contra ele, já que o país não tem grande relevância na comunidade católica internacional.
Além disso, há resistência por parte dos setores mais conservadores da Igreja, que veem com ressalvas sua abordagem reformista.
O conclave de 2025 se apresenta como um momento crucial para a Igreja Católica, com a expectativa de que o próximo pontífice continue o legado de Francisco, promovendo unidade e diálogo.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Quem é Mario Grech, cardeal maltês que defende LGBTQIA+ e pode virar papa no site CNN Brasil.
