Suspeito de assassinar frentista afirma ter procurado polícia após crime

Em nota, a defesa do homem preso suspeito de ter assinado um frentista afirma que James buscou a polícia dois dias depois do crime e se colocou à disposição para esclarecimentos. No pronunciamento, a defesa ainda afirma não ter tido acesso ao processo.

Segundo a Polícia Civil, James Laertes Pires, de 26 anos, atirou contra Felipe Moreira da Silva e ainda tentou disparar contra outras pessoas em um posto de combustíveis no bairro São Francisco. O crime foi no último dia 28 de julho.

O suspeito fugiu e foi capturado pela polícia nesta segunda-feira, 5, em uma chácara na zona rural de Campo Magro, na Grande Curitiba. Segundo o delegado Diego Valim, o homem ficou em silêncio durante o depoimento.

Uma câmera de segurança flagrou o momento dos disparos. De acordo com as investigações, o homem discutiu com o frentista por causa de um galão de combustível. Felipe teria dito que não poderia vender a gasolina daquela forma e James então xingou o trabalhador.

Depois, ele voltou ao posto em um carro e deu um soco em Felipe. A discussão foi interrompida após a intervenção de outros funcionários e clientes do comércio. Cinco minutos depois James retornou, mas dessa vez encapuzado, e atirou contra a vítima pelas costas, que morreu.

O pedido de prisão contra o homem foi sustentado com base na gravidade do crime cometido, a “elevada periculosidade” do suspeito, a desproporcionalidade da ação e o chamado “risco de reiteração da conduta”. Preso de forma preventiva, o suspeito foi encaminhado ao sistema penitenciário.

Conforme o delegado, a investigação continua com o objetivo de esclarecer se o homem teve a ajuda de outras pessoas.

Além da prisão, a polícia cumpriu ordens de busca e apreensão no endereço do investigado. A Justiça autorizou a quebra de sigilo de dados dos aparelhos eletrônicos apreendidos.

Reportagem: Brenda Niewiorowski