O governo de São Paulo, comandado por Tarcísio de Freitas, reconhece ameaças que a instabilidade global gerada pelas tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, levam à economia paulista, em anexo do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026 enviado ao Legislativo.
No texto encaminhado à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), o Palácio dos Bandeirantes expõe expectativa de “menor atividade global, maior protecionismo e mudanças no fluxo de mercadorias” causados pela desordem global que tem origem nas políticas do republicano.
Segundo o PLDO, estes efeitos podem cobrar preços nos “custos de produção, no transporte e, consequentemente, na inflação”. Em falas públicas, o governador descreve a desordem global, mas fala em “oportunidades” ao Brasil com tarifas.
O texto explica que, embora o ICMS (imposto estadual) não incida nas exportações para o exterior, a atividade exportadora movimenta toda a cadeia de suprimentos interna, além de gerar aumento na massa salarial e de lucros.
Além disso, menciona a crescente utilização de insumos importados pela indústria e destaca que a dinâmica de preços industriais está “cada vez mais associada ao mercado externo”.
“Por isto, flutuações adversas na economia mundial são transmissíveis com intensidade cada vez maior à economia paulista, e, em especial, a sua base industrial. As flutuações da atividade na economia do resto do mundo estão intimamente associadas ao nível de crescimento do PIB paulista e, por conseguinte, do ICMS”, completa.
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