O deputado federal Rui Falcão (PT-SP) iniciou uma ofensiva de viagens pelo Brasil em campanha para voltar ao comando nacional do Partido dos Trabalhadores. Ele já foi presidente da sigla entre 2011 e 2017.
Na semana passada, ele já cumpriu agendas em busca de apoio de filiados da sigla em Curitiba (PR) e Florianópolis (SC). Para as próximas semanas, estão previstas viagens para Fortaleza (CE), Salvador (BA), Brasília (DF), Porto Alegre (RS) e Belo Horizonte (MG).
A eleição para a presidência nacional do PT está marcada para 6 de julho. O segundo turno, se necessário, será em 20 de julho.
Gleisi Hoffmann, atual ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, deixou a presidência do PT em março para assumir a pasta. O senador Humberto Costa (PE) vem atuando como o presidente interino da sigla desde então.
A disputa interna promete ser a mais acirrada da história. Cinco nomes estão concorrendo à liderança do partido, representando diferentes correntes: Edinho Silva (CNB – Construindo um Novo Brasil), Rui Falcão (Novo Rumo), Valter Pomar (Articulação de Esquerda), Romênio Pereira (Movimento PT) e Washington Quaquá (CNB dissidente).
Os principais concorrentes são justamente Rui Falcão e Edinho Silva, tido como o candidato preferido do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nos bastidores. Rui acredita que o PT deve se reconectar mais fortemente com as bases populares, ideologias sociais e passar por uma reorganização da estrutura partidária. Edinho, por sua vez, defende um aceno mais ao centro.
Essa disputa ganha ainda maior relevância dentro do PT por conta da preparação do partido para as eleições gerais de 2026, em que o presidente Lula deve tentar a reeleição.
O Rio Grande do Sul é tido como um estado importante, pois há grande potencial de votos ainda em aberto dentro do PT, por exemplo. Portanto, pode fazer diferença no pleito interno.
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