Os números para a inflação ao consumidor em abril não refletem necessariamente o impacto do aumento das tarifas dos Estados Unidos, e o Federal Reserve ainda precisa de mais dados para discernir a direção dos preços e da economia, disse o presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, nesta quarta-feira (14).
Em abril, os preços ao consumidor subiram 2,3% na base anual, abaixo do esperado e o menor aumento em quatro anos, mas o número foi influenciado pela queda dos preços dos alimentos, que podem ser voláteis a cada mês.
Excluindo alimentos e energia, o chamado “núcleo” da inflação foi de 2,8%, mesmo patamar de março.
“Há momentos de muita poeira no ar”, disse Goolsbee em programa de rádio da NPR. “Temos um monte de barulho… Estamos tentando descobrir a linha de chegada.”
O Fed tem mantido a taxa de juros estável desde dezembro, e é provável que continue assim enquanto as autoridades esperam para ver como serão os aumentos de tarifas do governo do presidente Donald Trump e as negociações comerciais em andamento.
“Continuamos a receber esses números que, pelo menos, sugerem que as coisas estão indo bem”, disse Goolsbee.
“Acho que não é realista esperar que as empresas ou os bancos centrais tirem conclusões precipitadas sobre coisas de longo prazo quando há tanta variabilidade no curto prazo. Esse é um ambiente muito difícil.”
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