Favela do Moinho é “QG do crime” com milhares de famílias, diz promotor

A Favela do Moinho, em São Paulo, tem sido alvo de atenção das autoridades devido à sua complexa realidade social e criminal. Em entrevista à CNN, o promotor de justiça Lincoln Gakiya revelou detalhes sobre a atuação do crime organizado na região.

Segundo Gakiya, a favela abriga cerca de 1.200 famílias em situação precária, mas também funciona como um “quartel-general do crime” para o PCC (Primeiro Comando da Capital). O promotor destacou a prisão de um criminoso conhecido como Léo do Moinho, que comandava o tráfico do PCC na região central da capital paulista, junto com seus dois irmãos.

Operação Saúde e Dignidade

Em 2024, foi deflagrada a operação “Saúde e Dignidade”, coordenada pelo Ministério Público e envolvendo diversas instituições, como Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal, Ministério Público do Trabalho, Receita Federal, além do Governo do Estado e da Prefeitura de São Paulo.

O objetivo era combater não apenas o tráfico de drogas, mas todo um “ecossistema de atividades econômicas ilícitas” na região da Cracolândia.

A operação resultou no fechamento de dezenas de hotéis e quase uma centena de estabelecimentos dedicados a atividades ilegais, incluindo reciclagem de lixo, ferros-velhos e lojas que comercializavam celulares furtados.

Também foi constatada a presença de milícia privada explorando moradores, usuários e comerciantes.

Favela do Moinho: central de abastecimento do tráfico

Gakiya ressaltou que a Favela do Moinho funcionava como uma central de abastecimento do tráfico para a região central.

“Temos dezenas de depoimentos no processo que indicam que os próprios traficantes, pequenos traficantes, eram orientados a ir até a favela do Moinho, abastecer e voltar levando essas drogas para o fluxo”, afirmou o promotor.

A localização estratégica da favela, próxima a importantes pontos da cidade como a Pinacoteca de São Paulo, o Memorial da Imigração e a Estação da Luz, torna a situação ainda mais crítica.

A área, que se estende ao longo de linhas férreas e inclui uma área de preservação permanente, já possui um mandado de reintegração de posse há vários anos.

As autoridades agora trabalham na reocupação da área como parte dos esforços para combater o crime organizado e melhorar as condições de vida na região central de São Paulo.

Há planos da gestão estadual para transformar a área em um parque e incluir uma estação da CPTM, buscando revitalizar esse espaço urbano tão disputado.

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