A Favela do Moinho, localizada na região central de São Paulo, foi palco de intensos protestos nesta quinta-feira (15). Moradores se revoltaram contra a tentativa de demolição de casas no local, onde há planos para a construção de um parque integrado a uma estação de trem da CPTM.
A Polícia Militar foi mobilizada para “restabelecer a ordem pública”, enquanto técnicos do CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) iniciaram os trabalhos de demolição.
A ação, no entanto, gerou forte resistência por parte dos residentes, que alegam que algumas famílias vivem na área há 30 ou 40 anos.
Preocupação com impacto das demolições
Os moradores expressaram grande preocupação com o impacto das demolições.
Segundo eles, a remoção de uma residência específica poderia causar o desabamento de outras casas adjacentes, colocando em risco não apenas as estruturas, mas também vidas humanas e de animais.
Um dos pontos críticos apontados pelos residentes é a presença de animais de estimação em uma das casas no térreo, que poderia ser afetada pela demolição. A possibilidade de que esses animais pudessem perder suas vidas durante o processo aumentou significativamente a tensão no local.
Atuação policial e expectativa de visita técnica
A Polícia Militar estabeleceu um cordão de segurança ao redor da área, posicionando agentes tanto na parte superior quanto na inferior das residências. O objetivo era garantir a proteção dos técnicos do CDHU durante a operação, em meio aos protestos dos moradores.
Além disso, havia expectativa para a chegada de técnicos do governo federal com o intuito de realizar uma visita técnica e vistoria no local.
Esta visita era aguardada com ansiedade pelos moradores, que esperavam que pudesse trazer novas perspectivas para a situação.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Moradores da Favela do Moinho se revoltam contra demolição de casas no site CNN Brasil.