Caso VaideBet: Crime organizado conseguiu entrar no futebol, diz promotor

O promotor de justiça Lincoln Gakiya revelou em entrevista à CNN que investigações em andamento apontam para a infiltração do crime organizado no futebol brasileiro.

As suspeitas recaem sobre a possível participação do Primeiro Comando da Capital (PCC) em transações de jogadores, incluindo negociações internacionais.

Gakiya destacou que informações obtidas através de uma delação premiada já indicavam a influência do PCC no futebol, não se limitando apenas ao Corinthians.

“Foi nos dito que havia uma influência do PCC no futebol, não só no Corinthians, e inclusive prints de conversas que acabaram sendo publicadas pela imprensa, mostram a participação do crime organizado na comercialização, na venda de jogadores famosos, inclusive, para o exterior”, afirmou o promotor.

Lavagem de dinheiro no esporte

A parceria entre o Corinthians e a casa de apostas VaideBet, inicialmente celebrada como o maior contrato de patrocínio máster do futebol brasileiro, desdobrou-se em uma complexa investigação policial que levanta suspeitas de lavagem de dinheiro e associação criminosa, além de identificar ligações com o crime organizado.

O caso, que levou à rescisão do milionário contrato e gerou turbulência política no clube, está sob apuração da Polícia Civil de São Paulo, com apoio do Ministério Público.

De acordo com Gakiya, o futebol está sendo utilizado como meio para lavagem de dinheiro pelo crime organizado.

“Eles também estão utilizando esse meio que é o futebol para lavagem de dinheiro“, explicou.

O promotor ressaltou que as investigações ainda estão em andamento e pediu cautela na interpretação das informações, especialmente em relação ao Corinthians.

“A questão do Corinthians e de outros clubes que vierem a ser mencionados, temos uma investigação em andamento, mas é preciso que tenha cautela também, porque a instituição Corinthians eu acho que não está relacionada a eventual má gestão que possa ocorrer lá dentro”, ponderou Gakiya.

Além do futebol

O promotor também mencionou uma denúncia recente envolvendo uma grande empresa que administra a carreira de funkeiros, indicando que a atuação do crime organizado se estende a outros setores do entretenimento.

“Onde houver oportunidade de lavagem de dinheiro e transformar aquele capital ilícito do tráfico, inclusive da Cracolândia, em dinheiro limpo, eles estarão atuando”, alertou.

Gakiya concluiu afirmando que as descobertas atuais representam apenas “a ponta do iceberg” e que mais irregularidades devem vir à tona no futuro.

As investigações continuam em sigilo, com a expectativa de novos desdobramentos nos próximos meses.

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