A China anunciou a suspensão da compra de frango de todo o território brasileiro após a detecção do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em uma granja de aves comerciais no Rio Grande do Sul.
A medida, que entrou em vigor imediatamente, foi detalhada pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, em entrevista à CNN.
Fávaro explicou que o governo brasileiro já vinha em tratativas com o órgão sanitário chinês (GSQP) para a revisão do protocolo de importação.
O objetivo era conseguir uma abordagem similar à adotada por outros países, como Japão, Emirados Árabes e Arábia Saudita, que restringem apenas o município afetado e um raio de 10 quilômetros ao seu redor em caso de surto.
Impacto e expectativas
A suspensão chinesa, no entanto, aplica-se a todo o país, o que pode ter um impacto significativo nas exportações brasileiras de frango.
O ministro ressaltou que o estado de emergência sanitária tem duração prevista de 60 dias, mas o foco da doença tem um período aproximado de 28 dias.
Fávaro demonstrou otimismo quanto à possibilidade de restabelecer o fluxo normal de exportações, inclusive com a China, antes do prazo de 60 dias.
Para isso, ele enfatizou a importância da transparência e eficiência nas ações de controle:
“A gente conseguindo eliminar todo o foco, rastrear todos os animais e a produção desses animais oriundos do foco, a gente acha que é possível, com muita transparência, com muita eficiência, estabelecer um fluxo normal, inclusive com a China, antes dos 60 dias.”
O ministério da Agricultura e Pecuária está trabalhando ativamente para conter o surto e garantir a segurança sanitária da produção avícola brasileira.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Ministro detalha à CNN suspensão chinesa de compra de frango brasileiro no site CNN Brasil.
