Caso Ednaldo: recuo das federações estaria ligado à distribuição de verbas

A queda de Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), determinada nesta quinta-feira (15) pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, movimentou os bastidores do futebol brasileiro.

Há poucos dias, Ednaldo ainda contava com o apoio formal das 27 federações estaduais, que haviam votado por sua permanência no cargo.

No entanto, após a nova decisão judicial, 19 dessas entidades divulgaram um manifesto público pedindo a “renovação do futebol brasileiro”, sinalizando um movimento pela realização de novas eleições — que serão convocadas pelo vice-presidente Fernando Sarney, agora no comando interino da entidade.

O recuo escancara a perda de apoio de Ednaldo entre as federações que o haviam eleito.

Segundo o jornalista PVC, colunista do UOL, a insatisfação de alguns presidentes está ligada ao aumento de mesadas e salários promovido pela gestão de Ednaldo, conforme revelou uma apuração da revista Piauí.

Segundo a investigação, os presidentes das federações passaram a receber até R$ 215 mil por mês, um aumento de 330% em relação aos valores anteriores.

A publicação também indicou que muitos dirigentes votaram em Ednaldo na última eleição já cientes de que sua vitória era certa. Além disso, havia o temor de possíveis retaliações em caso de oposição.

Das oito federações que não assinaram o manifesto pela renovação, cinco são ligadas diretamente aos vice-presidentes eleitos na chapa de Ednaldo: Reinaldo Carneiro Bastos (SP), Leomar Quintanilha (TO), Roberto Góes (AP), Ricardo Nonato (BA) e Gustavo Oliveira Vieira (ES).

Este conteúdo foi originalmente publicado em Caso Ednaldo: recuo das federações estaria ligado à distribuição de verbas no site CNN Brasil.

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