Maio Laranja: como reconhecer os sinais de violência infantil

Maio Laranja: como reconhecer os sinais de violência infantil

Por hora, 13 crianças e adolescentes sofreram algum tipo de violência no Brasil em 2023. Os dados do Atlas da Violência indicam que 115.384 vítimas foram registradas, abrangendo abuso físico, psicológico, sexual e casos de negligência — número 36,2% maior em relação ao balanço anterior.

De acordo com a ONU, o enfrentamento desse problema começa com diálogo e informação. Por isso, o mês de maio é dedicado à conscientização e ao combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil.

Os comportamentos violentos são classificados em cinco tipos: físico, psicológico, sexual, institucional e negligência. A assistente social do Hospital Pequeno Príncipe, Rosane Moura, destaca a importância de estar atento a sinais como depressão, isolamento e automutilação, que podem indicar situações de violação de direitos.

Nas últimas décadas, o hospital curitibano Pequeno Príncipe — referência nacional no atendimento infantojuvenil em casos de violência — atendeu mais de 10 mil crianças e adolescentes com suspeita de abuso.

Entre 2014 e 2024, o número de atendimentos anuais saltou de 378 para 720. Somente em 2024, 72% dos casos foram classificados como violência intrafamiliar — ou seja, agressões cometidas por membros da própria família, como pais, padrastos, irmãos ou por pessoas próximas, como cuidadores.

Rosane Moura lembra que a denúncia pode ser feita sempre que houver suspeita de violação dos direitos de crianças e adolescentes.

Desde 2006, o Hospital Pequeno Príncipe desenvolve a campanha Pra Toda Vida, com o objetivo de sensibilizar, informar e mobilizar a sociedade sobre a importância de prevenir e enfrentar a violência infantojuvenil. A iniciativa inclui ações como a capacitação de profissionais da saúde e da educação, além da distribuição de materiais educativos voltados para crianças e adolescentes.

A denúncia de casos de violência contra crianças e adolescentes pode ser feita, anonimamente, por vizinhos, familiares e conhecidos. Os canais são: Disque 100 (nacional), Disque 181 (Paraná) e Disque 156 (Curitiba).

Reportagem: Mirian Villa

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