O secretário de política econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, afirmou nesta segunda-feira (19), que ainda é “muito cedo” para afirmar os impactos da gripe aviária na economia brasileira.
“Estamos em um momento muito inicial ainda. É muito cedo para eu dizer qualquer coisa do ponto de vista econômico”, afirmou em coletiva de imprensa para comentar os dados do boletim Macrofiscal divulgado nesta segunda.
Segundo Mello, ainda é preciso mais informações para ter certeza sobre quanto tempo vai durar o surto e se é algo que vai impactar outros estados.
“Precisamos de mais informações. Uma coisa é se é um caso isolado ou não, se vai impactar outros e quantos estados, por quanto tempo vai ser. […] Ainda é muito cedo para avaliar, é um problema que está afetando o mundo inteiro e o Brasil era um dos únicos países que não tinha sido afetado”, afirmou
Segundo ele, já era esperado que a gripe aviária fosse chegar no Brasil por conta dos ciclos migratórios de aves. Mas defendeu que o Brasil é um país extremamente moderno do ponto de vista das barreiras e cuidados sanitários e tem características diferentes de outros países.
Ele deu o exemplo dos Estados Unidos, que sofre com a questão há meses, onde mais de 170 milhões de galinhas foram abatidas. Segundo ele, o país norte-americano não é só diferente nas regras sanitárias, mas do tamanho das granjas.
“Por isso, gostaria de ter um pouquinho mais de tempo para poder começar a trazer isso para o nosso cenário macro”, pontuou.
De acordo com o boletim, a expectativa é de um crescimento de 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil este ano. A projeção oficial da pasta leva em consideração a produção agropecuária, que deve ter um novo recorde de colheita em 2025.
Na última sexta-feira (16), o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) informou de um caso de Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em uma granja comercial em Montenegro (RS).
Com a descoberta, ao menos cinco países e a União Europeia suspenderam compras de frango do Brasil ou apenas da região afetada.
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