O Banco Central da China (PBOC) anunciou uma redução nas suas principais taxas básicas de juros para mínimas históricas, em uma tentativa de conter os impactos econômicos decorrentes da guerra comercial com os Estados Unidos.
A medida foi tomada mesmo após o recente acordo entre os dois países, que reduziu o tamanho das tarifas comerciais.
A taxa de juros de um ano foi reduzida de 3,1% para 3%, enquanto a taxa de cinco anos caiu de 3,6% para 3,5%. Esta é a primeira redução desde outubro do ano passado, sinalizando uma postura mais agressiva do banco central chinês para estimular o crescimento econômico.
Espera-se que esta decisão impulsione os preços das commodities, como minério de ferro e petróleo, beneficiando ações de empresas produtoras como Vale e Petrobras no mercado brasileiro.
Cenário fiscal brasileiro em foco
No Brasil, o cenário fiscal continua sendo o centro das atenções dos investidores.
O ministro Fernando Haddad prometeu divulgar o balanço bimestral de receitas e despesas do governo, juntamente com o provável anúncio de um contingenciamento de gastos, na próxima quinta-feira (22).
Haddad ressaltou que não serão anunciadas novas despesas, mas apenas medidas pontuais para o cumprimento da meta fiscal de 2025. O mercado especulava sobre possíveis novas despesas que poderiam colocar em risco a meta de déficit zero para este ano.
Discursos do Federal Reserve
Nos Estados Unidos, sete membros da diretoria do Federal Reserve (Fed) farão discursos ao longo do dia. Espera-se que mantenham o tom de cautela e paciência, alinhado com as recentes declarações do presidente do Fed, Jerome Powell.
O presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, já indicou que espera apenas um corte na taxa de juros este ano, considerando as atuais condições econômicas e o nível de tarifas dos Estados Unidos.
Este conteúdo foi originalmente publicado em BDM: China corta juros contra tensões comerciais no site CNN Brasil.