Análise: Trump é a única pessoa que pode impor limite a Israel

A superioridade militar de Israel sobre adversários no Oriente Médio tem sido notável nos últimos 18 meses, especialmente após os últimos ataques do Hamas.

O país desencadeou uma extensa operação terrestre em Gaza no último domingo (18), além de uma intensa campanha aérea que, segundo autoridades de saúde locais, matou mais de 100 pessoas durante a noite e fechou o último hospital em funcionamento no norte do território.

No entanto, essa “vantagem” no campo de batalha pode encontrar limites inesperados, não na linha de frente, mas em Washington, disse o professor de Relações Internacionais da ESPM Gunther Rudzit em entrevista ao programa WW, da CNN.

Rudzit analisa que a busca por uma “nova hegemonia israelense” na região, como mencionado pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, está alterando percepções e cálculos geopolíticos.

Essa “busca” israelense pode estar afetando até mesmo os planos do primeiro-ministro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, segundo Rudzit.

O professor avalia ainda que uma hegemonia israelense desenfreada não é do interesse do reino saudita, e que, no momento, o país árabe busca estabilidade na região para atrair investimentos cruciais para o programa de modernização econômica.

Essa dinâmica se estende a outras nações do Golfo, que também almejam diversificar as economias para além da dependência do petróleo, responsável por grande parte das receitas e do PIB.

O especialista destaca que, diferentemente da Rússia, que tem uma dependência limitada da China, Israel depende fortemente dos Estados Unidos.

Essa relação entre os países pode ser um fator determinante para impor limites à atuação israelense na região de Gaza.

Rudzit aponta o presidente americano, Donald Trump, como a figura-chave capaz de estabelecer limites à atuação de Israel.

O professor observa que até mesmo as comunidades judaicas nos EUA começam a criticar a postura do governo Netanyahu, indicando uma possível mudança na opinião pública americana.

A análise sugere que, apesar da força demonstrada no campo de batalha, a realidade geopolítica e as alianças internacionais podem impor restrições significativas às ambições hegemônicas de Israel.

A dependência dos EUA e a crescente preocupação com a estabilidade regional podem ser fatores decisivos para moldar o futuro do Oriente Médio.

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