
Três dias depois de Israel anunciar a liberação da entrada de caminhões, a ONU diz que ainda não conseguiu distribuir nada aos palestinos. Leão XIV faz apelo para que Israel permita entrega de ajuda humanitária na Faixa de Gaza
Reprodução/TV Globo
O Papa Leão XIV fez um apelo, nesta quarta-feira (21), para que Israel permita a entrega de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
Na sua primeira audiência de quarta-feira (21), há um mês exato da morte do Papa Francisco, que tantas vezes pediu pelas crianças palestinas, Papa Leão XIV fez um forte apelo:
“A situação na Faixa de Gaza é cada vez mais dolorosa e preocupante. Renovo meu sincero apelo para que seja permitida a entrada de ajuda humanitária justa, e que se ponha fim às hostilidades, cujo alto preço está sendo pago por crianças, idosos e doentes”.
Três dias depois de Israel anunciar a liberação da entrada de caminhões, a ONU diz que ainda não conseguiu distribuir nada aos palestinos. Segundo um porta-voz das Nações Unidas, os caminhões estão parados, sem autorização dos militares de Israel para que os funcionários da ONU possam levar os suprimentos aos palestinos.
Em uma declaração à imprensa, o primeiro-ministro de Israel disse que a entrada de ajuda humanitária em Gaza vai obedecer a um plano para que os suprimentos não caiam nas mãos do Hamas. Netanyahu afirmou que a atual operação militar vai eliminar o Hamas da Faixa de Gaza e deixar a segurança do território totalmente sob controle de Israel, para que a proposta de reconstrução de Gaza feita por Donald Trump possa ser implementada.
Um incidente no outro território palestino, a Cisjordânia, criou mais atritos entre Israel e a Europa. Diplomatas da União Europeia visitavam a cidade de Jenin a convite da Autoridade Palestina, para avaliar a situação humanitária. Soldados israelenses começaram a atirar. As Forças de Defesa de Israel disseram que os tiros eram de advertência, para alertar que a delegação tinha se desviado da rota aprovada. Ninguém ficou ferido.
A Itália convocou o embaixador israelense em Roma para explicações, e a França fez o mesmo. A chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas, pediu a Israel uma investigação e disse que qualquer ameaça à vida de diplomatas é inaceitável.
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