A escalada do conflito na Faixa de Gaza tem gerado uma crescente pressão internacional sobre Israel, principalmente de seus aliados tradicionais. O número de palestinos mortos na região já ultrapassa 53 mil, incluindo 16.500 crianças e adolescentes, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas.
Nos últimos dias, a ofensiva israelense se intensificou, resultando em pelo menos 107 mortes palestinas em um período de 24 horas. Esse aumento na letalidade do conflito tem provocado reações mais contundentes da comunidade internacional.
Pressão dos aliados
Reino Unido, França e Canadá emitiram uma nota conjunta criticando duramente a condução da guerra por Israel e exigindo maior entrada de ajuda humanitária em Gaza. O secretário-geral da ONU, António Guterres, reiterou o pedido de cessar-fogo e solicitou que a distribuição de alimentos seja realizada pela própria organização.
A pressão sobre Israel aumentou após declarações polêmicas de ministros israelenses considerados extremistas, que sugeriram tornar a vida em Gaza “impossível” para forçar a saída dos palestinos. Críticos argumentam que a limitação do acesso à ajuda humanitária pode ser considerada um crime de guerra, acusando Israel de usar a fome como arma.
Ataque antissemita nos EUA
Em meio a esse cenário tenso, um ataque antissemita em Washington (EUA) chocou o mundo. Dois funcionários da embaixada de Israel, Yaron Lischinsky, de 30 anos, e Sara Milgrim, de 26, foram mortos a tiros por um homem identificado como Elias Rodrigues, de 30 anos.
O suspeito teria gritado “Free Palestine” (Libertem a Palestina) ao ser detido pela polícia. O caso gerou uma onda de condenações por parte de líderes mundiais e reacendeu preocupações sobre o aumento de ataques antissemitas em todo o mundo.
O ataque ocorre em um momento delicado, com o aumento da pressão internacional sobre Netanyahu e seu governo. A condução da guerra, o bloqueio à ajuda humanitária e as declarações controversas de membros do gabinete israelense têm contribuído para um crescente isolamento diplomático de Israel.
A comunidade internacional aguarda agora por ações concretas de Israel para mitigar a crise humanitária em Gaza e retomar as negociações para um cessar-fogo duradouro. Enquanto isso, a tensão permanece alta, tanto na região do conflito quanto em outras partes do mundo, onde a polarização em torno do tema continua a gerar preocupações sobre a segurança de comunidades judaicas e palestinas.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Américo: Aliados aumentam pressão sobre Israel por ações na Faixa de Gaza no site CNN Brasil.