O exército de Israel controla efetivamente 77% da Faixa de Gaza por meio de operações militares em andamento, causando deslocamento em massa em todo o território, segundo uma declaração divulgada neste domingo (25) pelo escritório de mídia do governo de Gaza, administrado pelo Hamas.
A declaração acusa as forças israelenses de utilizarem invasões terrestres, ocupação militar, bombardeios intensivos e deslocamento forçado para expulsar milhares de palestinos de suas casas — ações descritas como uma violação flagrante do direito humanitário internacional.
O órgão também fez um apelo à comunidade internacional para que cumpra com seriedade suas responsabilidades humanitárias, alertando para graves consequências caso o controle israelense sobre Gaza continue.
Autoridades de saúde sediadas em Gaza relataram, no mesmo dia, que os últimos ataques israelenses mataram pelo menos 23 palestinos, incluindo um jornalista local e um socorrista. O exército israelense ainda não se pronunciou.
O Ministério da Saúde informou, na tarde de domingo, que 38 corpos e 204 feridos foram levados a hospitais da Faixa de Gaza nas últimas 24 horas.
Desde o início das hostilidades em grande escala, em outubro de 2023, as operações militares de Israel em Gaza causaram 53.939 mortes e 122.797 feridos, segundo o ministério.
O número de vítimas continua a crescer desde que Israel retomou os grandes ataques aéreos e operações terrestres em 18 de março deste ano, resultando em pelo menos 3.785 mortos e 10.756 feridos nos meses seguintes.