Enquanto o júri entra na terceira semana de depoimentos no processo criminal federal de Sean “Diddy” Combs, 55, os promotores ainda trabalham para provar que Combs estava envolvido em uma organização criminosa (enterprise), e cometeu incêndio criminoso, sequestro e outros atos ilegais.
Mas eles já fizeram o suficiente? Ainda não, segundo o analista jurídico da CNN e advogado de defesa criminal, Joey Jackson.
Os promotores estão tentando estabelecer as bases para a acusação de associação para a prática de extorsão que Combs enfrenta, por meio de testemunhas que falaram sobre o suposto envolvimento de Combs com incêndio criminoso e extorsão, disse Jackson a Sara Sidner, da CNN.
O rapper Kid Cudi, que namorou a ex-namorada de Combs e principal testemunha do julgamento, Cassie Ventura, testemunhou e acusou Combs de atear fogo em seu Porsche com um coquetel Molotov enquanto ele namorava Ventura.
Na semana passada, a mãe de Ventura testemunhou sobre ter feito um empréstimo com garantia imobiliária para conseguir US$ 20.000 (cerca de R$ 115.000) para pagar Combs, dinheiro que ele pediu para “recuperar o que havia gasto” com a filha “porque estava com raiva de ela ter se envolvido” com Kid Cudi.
Para comprovar ainda mais a acusação de extorsão, os promotores precisam estabelecer o “uso contínuo da organização por um período significativo de tempo, não apenas essas atividades isoladas, e a exploração e tráfico sexual levariam a isso”.
Os promotores “têm que mostrar mais coerção e atividade forçada”, disse Jackson.
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