Osmar Stabile é o novo presidente interino do Corinthians. O dirigente assumiu o cargo depois do afastamento de Augusto Melo, confirmado na última segunda-feira (26).
O mandatário concedeu coletiva nesta terça-feira e, além dos assuntos relacionados ao clube paulista, Stabile foi questionado sobre um vídeo pró-ditadura financiado por ele em 2019.
Durante a resposta, o presidente do Corinthians disse que já pediu desculpas e confirmou torcida pelo sucesso do atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Sobre essa questão aí, eu já pedi as desculpas necessárias, eu não gostaria nem de falar nesse assunto aqui no Corinthians, porque o artigo número 1 do Estatuto diz o seguinte, Não podemos falar nem de política e nem de religião. O Corinthians não tem política e não tem religião. O que nós entendemos entre todos que estão aqui, que pensam de uma forma e pensam de outra forma, é que o Corinthians está conosco, não tem problema nenhum”, disse, antes de completar:
“Eu já pedi desculpa àquelas pessoas que se sentiam prejudicadas, eu errei, já disse que errei, pedi desculpas e eu estou aqui novamente para dizer para vocês o seguinte. hoje o presidente da República é o Luiz Inácio da Silva. Eu torço para que ele dê certo. Eu tenho empresas, tenho vários empregos, então eu gostaria que o Brasil desse certo com esse presidente que está aí. Torço por ele. Já votei algumas vezes”, analisou.
Entenda o caso
O atual presidente do Timão gerou polêmica em 2019, quando financiou um vídeo que comemorava o golpe militar de 1964. O conteúdo, inclusive, foi compartilhado por Eduardo Bolsonaro, à época deputado federal, em suas redes sociais.
Num dia como o de hoje o Brasil foi liberto. Obrigado militares de 64! Duvida? Pergunte aos seus pais ou avós que viveram aquela época como foi? pic.twitter.com/eEJVgfEDhz
— Eduardo Bolsonaro
(@BolsonaroSP) March 31, 2019
Stabile, inclusive, chegou a se posicionar oficialmente sobre o assunto quando foi criticado, dizendo ser um patriota e contra ideologias contrárias: “Sou um patriota e entusiasta do contragolpe preventivo (pois é assim que boa parte dos historiadores sem ideologias pré-concebidas enxergam 1964). Os esforços das Forças Armadas evitaram males políticos maiores para a nação”.