Amapá é o segundo estado com o maior número de diagnósticos de autismo no país, aponta IBGE


Pelo menos 11 mil pessoas foram diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), no estado. Dados são referentes ao Censo Demográfico 2022. Amapá é o segundo estado do país com maior proporção de pessoas com autismo
Novos dados do Censo Demográfico 2022 revelaram que no Amapá 11 mil pessoas foram diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), sendo esse o segundo maior percentual entre as Unidades da Federação. A divulgação foi feita na última sexta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Nesta terça-feira (27), o chefe da Seção de Disseminação de Informações do IBGE no Amapá, Joel Lima, descreveu que o módulo “Pessoas com deficiência e Pessoas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista” foi o primeiro a ser feito em uma pesquisa censitária no mundo.
“Foi a primeira vez que o TEA foi investigado em uma pesquisa censitária no mundo. Portanto, esses números são inéditos e servem de parâmetros para estudos futuros e a elaboração de políticas públicas para essa população”, disse Joel Lima.
Os dados mostram também o quantitativo de Pessoas com Deficiência (PCDs) no estado, que totaliza em 50,3 mil. A deficiência mais comum registrada, é a dificuldade em enxergar, mesmo com a utilização de óculos ou lentes de contato.
Sobre o TEA
Amapá é o segundo estado do Brasil com maior número de diagnóstico de autismo
Roberto Dziura Jr/AEN
Quesitos específicos foram abordados para a pesquisa do censo. Dessa vez, os moradores de todos os domicílios são contabilizados. A mudança obedece à Lei nº 13.861/2019.
Para a coleta de informações, a pesquisa abrange cinco domínios de dificuldades funcionais, em pessoas com a idade a partir de 2 anos, com base nas diretrizes do Washington Group Disability Statistics (WG).
São considerados aspectos com e sem auxílio, como: dificuldades permanentes de visão, audição, mobilidade dos membros inferiores, coordenação motora fina, cognição e coordenação.
Dados específicos
Os dados apontam que os 11 mil registrados consistem em 1,5% da população do estado, que é de 733,7 mil. Sendo 7,2 mil (2%) homens e 3,8 mil (1,1%) mulheres. A quantidade é a segunda maior do país, ficando atrás somente do estado do Acre, que tem 1,6%.
Em questão de idade, a maior incidência do diagnóstico de pessoas com autismo se dá em crianças de 5 a 9 anos e o menor, em pessoas de 30 a 34 anos.
A prevalência do autismo foi detectada em pessoas que se consideram brancas, com pelo menos 3,5 mil pessoas, o que equivale a 2,2%. O menor registro é de pessoas indígenas, sendo 31 pessoas, equivalente a 0,3%.
Nas redes de educação, foram registrados 4,6 mil estudantes com mais de 6 anos com diagnóstico de autismo. Sendo 3,3 mil (3,2%) homens e 1,2 mil (1,2%) mulheres.
Para crianças diagnosticadas com autismo, de 6 a 14 anos ou mais, a taxa de escolarização é maior, com 93,3%; em seguida aparecem, de 15 a 17 anos, com 82,6%; 18 a 24 anos, com 29,1% e 25 anos ou mais, com 11,2%.
O censo mostra também que das 3,5 mil pessoas de 25 anos ou mais diagnosticadas com autismo, 1,6 mil não possui instrução ou fundamental completo.
Pessoas com deficiência
O Amapá, no censo de 2022, totaliza 50,5 mil Pessoas com Deficiência (PCDs), o que representa 7,1% da população total do estado. Sendo: 23,6 mil (6,7%) homens e 26,7 mil (7,5%) mulheres.
A pesquisa aponta que em 38,5 mil domicílios, o equivalente a 19,1% dos moradores do estado, há ao menos um morador com deficiência.
A maior incidência e mais comum deficiência no Amapá, é a de pessoas com a dificuldade permanente para enxergar, mesmo com o uso dos óculos ou lentes de contato.
Dados específicos:
Das pessoas com dificuldade para enxergar, são afetadas 32,9 mil. Em seguida, a dificuldade permanente para andar ou subir degraus, com 13,6 mil pessoas.
Por limitações mentais, dificuldade permanente para se comunicar, cuidados pessoais, traballho ou estudo, são afetadas 8,1 mil pessoas.
Dificuldade permanente para pegar objetos totaliza em 8,1 mil pessoas. Dificuldade permanente para ouvir, 7 mil pessoas.
Por cor e raça, 62,7% das pessoas se consideravam pardas, 21,7% brancas, 14,6% pretas, 0,8% indígenas e 0,2% amarelas.
Referente à taxa de escolarização de Pessoas com Deficiência (PCD), houve uma queda. De 33, 6%, o número foi para 16,5%.
Entre as idades de 6 a 14 anos, a taxa de escolarização atingiu 88,8%. Mas, para pessoas com 25 anos ou mais, a porcentagem reduz para 6,6%.
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