Uma faixa que critica o transporte público municipal foi instalada por um representante dos motoboys em São Paulo, na tarde dessa terça-feira (27), no local onde uma mulher morreu atropelada por um ônibus. A medida é uma resposta direta ao posicionamento do prefeito Ricardo Nunes, que mandou instalar uma sinalização no local onde uma passageira de mototáxi morreu.
A nova etapa do debate acerca da regulamentação dos mototáxis em São Paulo colocou representantes dos trabalhadores do transporte por aplicativo e a prefeitura em disputa.
Na noite dessa segunda-feira (26), uma mulher de 35 anos morreu atropelada por um ônibus municipal em um dos cruzamentos da Avenida Itaquera, em Cidade Líder, na zona leste de São Paulo.
A faixa instalada traz o texto: “registrou nesse local a morte de uma mulher, atropelada na faixa de pedestres por um ônibus da prefeitura, devido a falta de manutenção. Cuidado com os ônibus de São Paulo, preserve sua vida”.
A acusação foi baseada no depoimento do motorista do ônibus envolvido no acidente. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), o condutor “relatou que perdeu o controle do veículo devido a uma falha no sistema de freios, o que teria provocado o atropelamento”.
A SPTrans confirmou o relato e, em nota, disse que “está apurando a ocorrência” e que a operadora dos serviços — uma vez que a empresa trabalha com terceirizações da operação das frotas — foi orientada a prestar apoio à família da vítima.
Relembre início da polêmica
Após a morte de uma passageira de mototáxi de 22 anos, no último sábado (24), a prefeitura de São Paulo passou a explorar o episódio para sustentar o argumento de segurança na proibição do serviço na capital paulista.
Relembre o acidente que vitimou passageira de mototáxi em São Paulo
Depois do episódio fatal, o prefeito de São Paulo mandou colocar faixas no local do acidente. A sinalização foi instalada pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) na Avenida Tiradentes, região do Bom Retiro, centro de São Paulo.
Duas faixas foram instaladas. Uma delas, que atravessa a avenida pelo alto de poste a poste diz: “A CET registrou neste local a morte de uma passageira que usava o serviço de mototáxi da empresa 99. O serviço de mototáxi é proibido – preserve sua vida”.
No canteiro central, outra faixa, esta na vertical, trazia a mesma mensagem. Além das faixas foi colocado na calçada um luminoso em um cavalete com os dizeres: “Preserve sua vida, o serviço de mototáxi é proibido”.
