A região de Caiambé, no Amazonas, se tornou a primeira comunidade do interior a receber uma usina híbrida. A missão conta com apoio de autoridades locais e nacionais e tem como objetivo levar energia confiável e sustentável às áreas mais isoladas do estado.
A CNN teve acesso a informação em primeira mão, o projeto é liderado pela empresa britânica Aggreko.
O modelo que será instalado combina geração térmica, energia solar e sistemas de armazenamento, facilitando o acesso e gestão das comunidades locais, que anteriormente só contavam com energia gerada por diesel.
Na última segunda-feira (02), o Diário Oficial da União publicou o resultado preliminar da chamada pública de projetos do Programa de Redução Estrutural de Custos de Geração de Energia na Amazônia Legal e de Navegabilidade do Rio Madeira e do Rio Tocantins. A ação é vinculada ao Ministério de Minas e Energia, e visa a redução estrutural de custos de geração de energia.
O programa selecionado contempla 23 comunidades do Amazonas, e prevê a implantação de 88 MWp de geração solar, e 105 MWh em sistemas de armazenamento de energia com baterias (BESS).
Com a instalação da nova matriz, estima-se uma redução de aproximadamente 130 mil litros de diesel e 405 toneladas de CO2 evitadas por ano.
“Caiambé não é apenas uma comunidade beneficiada, é também um laboratório vivo. Cada dado coletado aqui, cada ajuste técnico feito, serve como base para desenhar a próxima etapa do projeto. Estamos testando e validando tecnologias que poderão ser aplicadas em dezenas de outras comunidades amazônicas”, destaca Jaqueline Almeida, gerente do projeto.
O município com cerca de 3 mil habitantes, sofria com uma infraestrutura energética precária. A criação da nova usina híbrida permitirá uma energia mais limpa e melhor custo operacional, impactando a qualidade de vida da população.
Sob supervisão de Thiago Felix*