Caso Diddy: Confira os destaques do 17º dia de julgamento do rapper

Nesta quinta-feira (5), o júri do julgamento de Sean “Diddy” Combs começou a ouvir “Jane”, outra testemunha de acusação do caso que afirma que o rapper a agrediu físico e sexualmente.

Durante a tarde, antes da mulher prestar seu depoimento, o juiz emitiu uma advertência à defesa de Diddy, após o acusado acenar diversas vezes ao júri. Em seguida, Enrique Santos, analista forense, testemunhou sobre a extração de dados de três iPhones pertencentes a Cassie Ventura.

Quando “Jane” entrou no tribunal, Combs se virou na cadeira para observá-la caminhar pelo corredor central, em direção ao banco das testemunhas, mas eles não chegaram a fazer nenhum tipo de contato visual. Nesta sexta-feira (6), a mulher retornará ao tribunal para continuar seu depoimento.

Saiba o que aconteceu durante o julgamento nesta quinta-feira (5)

  • Aviso: Durante o intervalo e sem a presença do júri, o juiz afirmou que observou Combs olhando e acenando negativamente para o júri durante o depoimento de Bryana Bongolan, em duas ocasiões diferentes. O juiz reiterou que ele avisou previamente a defesa de Combs que ele não poderia reagir ou tentar interações que pudessem influenciar o júri, e o que ele observou era inadmissível. O juiz afirmou que, se isso acontecer novamente, ele deixará o governo fazer um requerimento para dar instruções ao júri sobre o assunto e considerará medidas mais severas, como retirar Combs do julgamento.
  • Ecstasy: Durante uma viagem às Bahamas, “Jane” revelou que ela e Combs tomaram ecstasy cerca de 10 vezes durante nove dias. Ela disse que a droga a fazia se sentir “relaxada, eufórica, sexual” e que Combs lhe fornecia uma dose a cada vez que eles a bebiam. Ela também testemunhou que ele lhe transferiu US$ 10 mil depois da viagem porque ela ficou afastada de seu trabalho como influenciadora por muito tempo.
  • Encontro sexual: “Jane” afirmou que, durante o primeiro ano de relacionamento, Combs começou a introduzir a ideia de que ela poderia ter relações sexuais com outros homens, afirmando que era uma fantasia dele. Ela deu detalhes sobre uma noite em que Combs convidou um homem que, segundo ele, era do serviço Cowboys for Angels. A mulher disse que, a princípio, se sentiu “animada” pelo encontro sexual, mas que isso abriu uma porta que ela “não conseguiu fechar pelo resto do relacionamento”. Ela revelou que queria ter relações sexuais apenas com Combs, e não com outros homens.
  • “Tinha medo de perdê-lo”: “Jane” testemunhou que outro homem esteve envolvido em seus encontros sexuais cerca de 90% das vezes depois disso. Ela concordou com isso por alguns meses porque “queria fazê-lo feliz” e “tinha medo de perdê-lo”, mas depois disse a Combs que não queria mais fazer sexo com outros homens. Ela disse que Combs “desdenhou” quando ela tocou no assunto, e que começou a se sentir “frustrada”, pois sentia que era obrigada a “se apresentar”, porque ele estava pagando seu aluguel – que era em torno de US$ 10 mil.
  • Subsídios: A mulher revelou que seu relacionamento com Combs afetou sua capacidade de trabalhar e gerar renda: “Eu estava realmente consumida por Sean”. “Jane” disse que sua presença como influenciadora nas redes sociais diminuiu depois que ela “priorizou” seu relacionamento e que Combs periodicamente lhe dava entre US$ 5 mil e US$ 20 mil.
  • “Noites no hotel”: “Jane” fez uma pausa e pressionou um lenço de papel sobre os olhos por um tempo antes de responder a uma pergunta sobre as “noites no hotel” que ela teve com Combs em diversas cidades. Ela testemunhou que a equipe de Combs organizava as viagens, e disse que esses encontros sexuais, que incluíam um “artista” masculino, sempre seguiam um padrão e às vezes duravam mais de 24 horas. Anteriormente, os promotores confirmaram que essas “noites no hotel” eram um nome alternativo para os “Freak Offs”.

Sean Combs, P. Diddy, Puff Daddy: quem é o rapper

 

Adicionar aos favoritos o Link permanente.