Justiça Militar condena 9 pessoas por extravio de metralhadoras do Exército

A Justiça Militar condenou quatro militares do Exército e cinco civis pelo extravio e a venda de armamento do Arsenal de Guerra de São Paulo, localizado em Barueri, no dia 7 de setembro de 2023.

Dois ex-cabos, um deles então motorista do diretor da organização militar e o outro auxiliar da Seção de Transporte, foram condenados a 17 anos e 4 meses de reclusão, cada, pela prática do crime de peculato-furto, em regime fechado.

O tenente, na época chefe da Seção de Inteligência, recebeu a pena total de 9 meses de detenção, sendo 3 meses pelo crime de inobservância de lei, regulamento ou instrução e 6 meses pelo de peculato culposo, que ocorre quando o militar contribui culposamente para que outra pessoa subtraia ou desvie algo da unidade militar.

Já o tenente-coronel, então diretor do Arsenal de Guerra, foi condenado a seis meses de suspensão do exercício do posto, por negligência ao Regulamento Interno e dos Serviços Gerais do Exército, que impõe ao comandante de uma unidade militar “exercer sua ação de comando em todos os setores da unidade, usando-a com a iniciativa necessária e sob sua inteira responsabilidade”.

Um dos civis condenados recebeu pena de 14 anos, 4 meses e 24 dias de reclusão. Os demais receberam pena de 18 anos de reclusão. Responsáveis pelo extravio e pela comercialização das armas, eles incorreram no crime de comércio ilegal de arma de fogo.

Relembre

Pelo apurado pelo Ministério Público Militar, na tarde do dia 7 de setembro de 2023, os dois cabos condenados, valendo-se do fato de que em razão das comemorações do Dia da Independência, não havia expediente no Arsenal de Guerra de São Paulo, subtraíram as armas mencionadas do depósito da Seção de Recebimento e Expedição de Material daquela organização militar, após arrombarem os cadeados e o lacre que guarneciam o local e desarmado o alarme que o protegia o pavilhão onde se localiza o depósito mencionado.

Na sequência, colocaram as armas na caçamba de uma caminhonete, ocultando-as com a cobertura da parte traseira do veículo, e saíram do local sem que o veículo fosse revistado. Em continuidade, as armas foram entregues aos civis pare serem negociadas com elementos de organizações criminosas dos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Na oportunidade foram extraviadas 21 metralhadoras e um fuzil. Ao todo, 20 armas foram recuperadas no interior de São Paulo e na periferia da cidade do Rio de Janeiro.

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