O técnico Luciano Spalletti reconheceu que a seleção italiana vive um momento complicado após a derrota por 3 a 0 para a Noruega, em Oslo. Ele afirmou que conversará com a Federação Italiana de Futebol (FIGC) sobre a situação atual da equipe.
A Itália não disputa uma Copa do Mundo desde 2014 — um jejum doloroso para um país com quatro títulos mundiais. O início ruim nas Eliminatórias aumentou a pressão sobre Spalletti, que já vê seu cargo ameaçado.
Na capital norueguesa, a Azzurra foi dominada por uma Noruega veloz e eficiente nos contra-ataques. A noite chuvosa no Estádio Ullevaal refletiu a apatia de um time claramente inferior em campo.
“Falta entusiasmo individual. Precisamos acrescentar algo mais, senão algo terá que mudar”, disse Spalletti. “Esse não é o nosso verdadeiro nível. Podemos render mais, mas é um momento difícil. Ainda assim, escolhi esse grupo e vou continuar com ele.”
Técnico cobra atitude e diz que qualidade sozinha não basta
Questionado sobre sua permanência no cargo, Spalletti afirmou que terá uma conversa com o presidente da FIGC, Gabriele Gravina, para discutir os rumos do projeto. Segundo ele, a confiança na equipe ainda existe, mas é preciso reagir logo.
O treinador defendeu suas escolhas, mas admitiu que faltou postura tática e intensidade por parte dos atletas. Para ele, a falta de confiança do elenco ficou evidente em campo.
“Escolhi este grupo porque acreditei que havia qualidade. Mas se somos tão frágeis que não conseguimos manter uma linha de impedimento ou perseguir os adversários, então é porque está faltando confiança. Qualidade, sozinha, não é suficiente.”
Spalletti disse que ainda acredita no elenco, mas que os jogadores precisam demonstrar mais comprometimento tático e emocional. Do contrário, mudanças poderão ser inevitáveis.
Spalletti não descarta Copa fora do alcance: “Há motivos para preocupação”
Perguntado se teme que a vaga para a Copa do Mundo já esteja ameaçada, o treinador não disfarçou a apreensão. “Depois de uma atuação assim, é preciso fazer perguntas e reconhecer os problemas. Mas temos que enfrentá-los, não há outra escolha.”
A Itália segue pressionada nas Eliminatórias e precisará de uma resposta rápida para evitar repetir os fracassos das campanhas anteriores. A próxima rodada já será decisiva para o futuro da Azzurra.
Ex-jogador da Itália revela que o pai matou a mãe com um machado