Trump assina decretos para aumentar defesa dos EUA contra drones

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta sexta-feira (6) decretos para reforçar as defesas do país contra drones e para impulsionar táxis aéreos elétricos e aeronaves comerciais supersônicas, disse a Casa Branca.

Nos três decretos, Trump buscou autorizar o uso rotineiro de drones além do alcance visual dos operadores — um passo fundamental para permitir entregas comerciais. Além disso, autorizou medidas para reduzir a dependência dos EUA de empresas chinesas de drones e para começar a testar aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL, na sigla em inglês).

Trump está criando uma força-tarefa federal para garantir o controle dos EUA sobre o espaço aéreo norte-americano, aumentar o uso federal de tecnologia para detectar drones em tempo real e fornecer assistência às autoridades estaduais e locais.

Ele também pretende abordar a “crescente ameaça de terroristas criminosos e do uso indevido de drones por estrangeiros no espaço aéreo dos EUA”, disse Michael Kratsios, diretor do Escritório de Política Científica e Tecnológica da Casa Branca.

“Estamos protegendo nossas fronteiras contra ameaças à segurança nacional, inclusive aéreas, com eventos públicos de grande escala, como as Olimpíadas e a Copa do Mundo, em um futuro próximo.”

Sebastian Gorka, diretor sênior de contraterrorismo do Conselho de Segurança Nacional, citou o uso de drones na guerra entre Rússia e Ucrânia, além de ameaças a grandes eventos esportivos dos EUA.

“Aumentaremos as capacidades contra drones”, disse Gorka. “Aumentaremos a fiscalização das leis atuais para dissuadir dois tipos de indivíduos: malfeitores e idiotas.”

A questão dos drones suspeitos também ganhou atenção significativa no ano passado, após uma onda de avistamentos em Nova Jersey. A Administração Federal de Aviação (FAA) recebe mais de 100 relatos de drones perto de aeroportos todos os meses.

Estes avistamentos às vezes interrompem voos e eventos esportivos.

Trump também ordenou que a FAA suspenda a proibição imposta em 1973 ao transporte aéreo supersônico.

“A realidade é que os americanos deveriam conseguir voar de Nova York a Los Angeles em menos de quatro horas”, disse Kratsios. “Avanços em engenharia aeroespacial, ciência dos materiais e redução de ruído agora tornam o voo supersônico terrestre não apenas possível, mas também seguro, sustentável e comercialmente viável.”

As ordens de Trump não proíbem nenhuma empresa chinesa de drones, disseram autoridades. No ano passado, o então presidente Joe Biden assinou uma lei que poderia proibir a venda de novos modelos de drones nos EUA pelas empresas chinesas DJI e Autel Robotics.

Maior fabricante do mundo, a DJI vende mais da metade de todos os drones comerciais dos EUA.

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