A Polícia Civil de São Paulo segue investigando a morte do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Junior, de 36 anos. O corpo foi encontrado na última terça-feira (3) dentro de um buraco de obra no Autódromo de Interlagos, na zona sul da capital.
Adalberto havia desaparecido após participar de um evento de motociclistas no local. Ele foi visto pela última vez se dirigindo ao estacionamento e enviou sua última mensagem para a esposa por volta das 19h40.
Seu corpo foi localizado quatro dias depois, em pé, sem calça e sem tênis, com capacete e celular ainda próximos, em uma área isolada por tapumes.
A CNN teve acesso, nesta sexta-feira, a depoimentos de familiares e amigos de Adalberto Junior. Veja, a seguir, pontos importantes sobre o caso:
Perfil discreto e “sem inimigos”
Depoimentos de amigos e familiares apontam que Adalberto era considerado tranquilo, reservado e sem conflitos pessoais. Segundo um primo, ele era uma pessoa “muito tranquila, brincalhona, de uma ótima relação com a família e com a esposa”.
O empresário também foi descrito como uma pessoa de poucos amigos, que mantinha boa relação com a esposa e a família.
Outro depoente, que também fazia parte do círculo de amizades, reforçou que Adalberto não usava drogas e bebia apenas socialmente. Não havia registros anteriores de desaparecimento ou problemas semelhantes.
Situação financeira estável
A esposa do empresário relatou que Adalberto tinha três óticas registradas em seu nome e um saldo de cerca de R$ 1 milhão em conta empresarial.
O casal possuía um apartamento em Cotia, que está alugado, e uma casa em Aldeia da Serra, na Grande São Paulo, avaliada em R$ 2,5 milhões.
Além dos imóveis, a família também possui veículos de alto valor. Adalberto era dono de um Volkswagen Virtus e de uma motocicleta BMW GS850, enquanto Fernanda conduzia um SUV HR-V.
Desaparecimento antes de chegar no carro
Segundo as testemunhas, ele se despediu de amigos e seguiu em direção ao estacionamento, mas desapareceu antes de chegar ao carro.
Adalberto Amarilio dos Santos Junior foi visto pela última vez ao deixar um evento no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.
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A esposa relatou que o veículo estava “do mesmo jeito”, com a blusa e o carregador dele intactos, e nada parecia fora do normal.
O primo também foi até o carro e não encontrou sinais de movimentação, indicando que Adalberto sumiu no caminho até o veículo.
Uso de maconha e álcool
Rafael Aliste, amigo de Adalberto, em depoimento que o empresário estava agitado porque havia consumido cerca de 8 copos de cervejas e maconha, que recebeu de pessoas desconhecidas que estavam no evento.
No documento, a que a CNN teve acesso, Rafael diz que ele e o amigo assistiram a um show no final da exposição de motos.
Questionado se o amigo estava embriagado, Rafael disse à polícia que sim, que estava mais agitado do que o normal ao misturar a cerveja com a droga.
Ele também informou que não houve discussões, nem desentendimentos e que só soube que o empresário desapareceu de madrugada.
*Sob supervisão de Pedro Osorio
