Os líderes partidários que vão se reunir com a equipe econômica do governo para debater alternativas à elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) devem levar estas medidas ao conhecimento de suas bancadas antes de fechar qualquer acordo com a gestão federal, segundo apuração da CNN.
Sob reserva, um dos líderes que participará da reunião explicou que o pacote deve conter medidas “sensíveis”, que precisam ser discutidas internamente entre as siglas antes de um aval. A reunião acontece às 18h neste domingo (8).
Como mostrou a CNN, parte do “cardápio” da equipe econômica para ajustar as contas públicas encontra resistência mesmo dentro da base governista do Congresso. Mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) são vistas com ressalvas.
Na visão de um dos líderes, a tendência é de que o domingo termine com dois compromissos: um por parte da Câmara, de não votar um projeto de decreto legislativo (PDL) para derrubar o IOF; outro por parte do governo, de revogar ao menos parte do pacote. A partir daí evoluiria a discussão sobre as medidas fiscais.
Em evento no sábado (7), Hugo Motta afirmou que os líderes avaliarão e debaterão as alternativas oferecidas pela equipe econômica e, na sequência, o colégio decidirá sobre a possibilidade de votar um PDL, que poderia ser pautado já na terça-feira (10).
O pacote do governo
O governo federal deseja viabilizar um “mix” de medidas “estruturais” e “pontuais” como alternativa ao pacote de elevação Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), disseram fontes da equipe econômica à CNN.
Segundo apuração da CNN, a equipe econômica vê neste momento uma janela para avançar com medidas estruturais, mas pondera que este tipo de ação tem impacto limitado no curto prazo.
A receita do IOF já consta no Orçamento, e a gestão federal precisa compensar em 2025 qualquer eventual recuo.