Importação de soja pela China atinge recorde de 13,92 mi toneladas em maio

As importações de soja pela China atingiram um recorde de 13,92 milhões de toneladas métricas em maio, segundo dados da alfândega divulgados nesta segunda-feira (9), mais do que o dobro do volume importado em abril, uma vez que as velocidades de liberação alfandegária voltaram ao normal e a taxa de operação das plantas de esmagamento se recuperou.

As importações haviam caído para o nível mais baixo em 10 anos, de 6,08 milhões de toneladas métricas, em abril, uma vez que atrasos prolongados na alfândega e remessas atrasadas do Brasil – causados por atrasos na colheita e problemas logísticos — interromperam o fluxo de carga habitual.

A velocidade do desembaraço alfandegário voltou a ser de cerca de duas semanas, em vez de 20 a 25 dias, disse Rosa Wang, analista da JCI, uma empresa de consultoria agrícola sediada em Xangai.

“A taxa de operação das plantas de esmagamento aumentou para mais de 50%, e as entregas de farelo de soja também foram boas”, disse Wang, acrescentando que o volume de importação de maio excedeu sua expectativa de 12 milhões a 12,5 milhões de toneladas métricas.

As importações em maio aumentaram 36,2% em relação ao total de 10,22 milhões de toneladas métricas no mesmo período do ano passado, com base nos cálculos da Reuters a partir de dados alfandegários.

As importações nos primeiros cinco meses do ano totalizaram 37,11 milhões de toneladas, 0,7% a menos que no mesmo período do ano anterior, segundo dados da Administração Geral de Alfândega.

A maioria das importações vem do Brasil, o maior produtor, que normalmente envia a maior parte de sua safra de soja entre março e junho.

O Brasil exportou 14,10 milhões de toneladas de soja em maio, acima dos 13,44 milhões de toneladas do mesmo mês do ano passado, de acordo com dados do governo.

A associação de exportadores de grãos do país, Anec, prevê que as exportações de soja do Brasil chegarão a 12,55 milhões de toneladas métricas em junho, abaixo das 13,83 milhões de toneladas do mesmo mês do ano passado.

Na Argentina, o terceiro maior produtor do mundo, a produtividade da soja continua acima do esperado, apesar da colheita mais lenta do que o normal devido às fortes chuvas que afetaram várias culturas, informou a bolsa de grãos de Rosário na semana passada.

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