Dia dos Namorados dá fôlego extra ao varejo de moda

Dia dos Namorados dá fôlego extra ao varejo de moda

O Dia dos Namorados, que será comemorado nesta quinta-feira, é uma das datas mais relevantes para o varejo de moda e deve injetar um fôlego extra em junho. Eu conversei com o presidente da Associação Brasileira do Varejo Têxtil, o empresário Edmundo Lima, e ele me explicou que esse é um setor sazonal, e o Dia dos Namorados ajuda na comercialização dos produtos de inverno, que possuem um maior valor agregado. Historicamente, o verão representa entre 60% e 70% do total das vendas de mercado de moda. Só as vendas de Natal e da Black Friday respondem por 40% do faturamento do varejo de confecções.e o verão historicamente 

No caso específico de moda íntima, estimativas do IEMI – Inteligência de Mercado, que é a empresa responsável pelas pesquisas, indicam que as vendas, em junho, devem alcançar R$ 1,5 bilhão, uma alta de 10% em relação ao mesmo período do ano passado. Em volume, a projeção é de mais de 62 milhões de peças íntimas comercializadas, ou um crescimento de 4%.

Eu perguntei ao presidente da Associação Brasileira do Varejo Têxtil se os preços dos produtos relacionados à moda estão sofrendo as consequência da inflação, e ele me disse que nos 30 anos do Plano Real, enquanto os índices inflacionários tiveram alta de 700%, o segmento do vestuário teve reajuste de quase 500%. No entanto, ele reconhece que no caso específico da moda de inverno, houve um pico de aumento, mas que a inflação do setor está sob controle. As constantes variações cambiais também têm prejudicado, uma vez que boa parte da matéria-prima é importada.

Edmundo Lima faz questão de destacar que o varejo de moda é sempre comedido em relação a aumento de preços e tem investido pesado em inovação. As grandes redes, por exemplo, têm utilizado a Inteligência Artificial e com isso conseguem resultados mais assertivos no lançamento das coleções.

Como o varejo de moda brasileira tem encarado a concorrência das plataformas internacionais?

Eu fiz essa mesma pergunta ao presidente da Associação Brasileira do Varejo Têxtil que congrega 108 marcas, presentes em 18 estados e que empregam mais de 370 mil trabalhadores diretamente. Edmundo Lima me explicou que embora o varejo de moda tenha se mostrado resiliente ao longo dos últimos anos, sofre com a competição desleal das plataformas internacionais e da alta carga tributária.

De acordo com o empresário, quando passou a vigorar a taxa das blusinhas, a renda do varejo de moda começou a aumentar. Em maio, 100% das empresas relataram resultados melhores e para junho as projeções são positivas.

Por fim, Edmundo Lima alerta os consumidores que na compra de produtos importados não devem olhar apenas os preços, mas principalmente a qualidade, uma vez que grande parte das mercadorias chegam à casa dos consumidores sem qualquer avaliação da Anvisa e do Inmetro.

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