O governo de São Paulo deve contratar 132 brigadistas temporários, por R$ 1,7 milhão, para atuar em todo o estado de São Paulo durante o período de estiagem. A medida acontece após os incêndios de grande proporções do ano passado e busca ampliar o combate aos incêndios florestais.
O projeto de lei complementar será publicado nesta terça-feira (10) no Diário Oficial do Estado (DOE) e foi antecipado à CNN.
Os socorristas devem trabalhar em conjunto com o Corpo de Bombeiros para mitigar os danos ambientais, econômicos e à saúde pública, diante do aumento de incêndios florestais no estado.
A contratação temporária é adotada como uma estratégia para ampliar a capacidade operacional dos bombeiros de maneira eficiente e sem custos com a criação de novos cargos permanentes, de acordo com o governo de São Paulo.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) prevê a contratação dos brigadistas pelo período de cinco meses, entre maio e setembro, com regime de 12 horas de trabalho, alternado por 36 horas de descanso. O treinamento será de 120 horas. Cada contratado irá receber R$ 2,6 mil por mês.
O investimento estimado é de R$ 343 mil por mês, o que corresponde ao montante total de R$ 1,7 milhão para o estado durante o período de estiagem.
Os 132 brigadistas serão distribuídos de acordo com o maior risco de incêndios durante o período de estiagem, conforme o planejamento elaborado pelos Bombeiros. O reforço será distribuído para as regiões de:
- Campinas
- Ribeirão Preto
- São José do Rio Preto
- Presidente Prudente
- Araçatuba
- Piracicaba
- Sorocaba e Jundiaí
- Santos e São José dos Campos
Na última quinta-feira (5), o Governo de São Paulo deu início à fase vermelha da Operação SP Sem Fogo de 2025. Neste ano, a Defesa Civil Estadual terá a Sala SP Sem Fogo, plataforma destinada ao monitoramento dos focos de incêndio em tempo real.
No ano passado, dezenas de pessoas ficaram feridas e ao menos duas morreram em São Paulo devido aos incêndios florestais. Em plantações de cana-de-açúcar, a perda estimada foi de R$ 1 bilhão.