O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres afirmou nesta terça-feira (10) que perdeu o celular enquanto estava nos Estados Unidos, ao ficar “transtornado” com a notícia de que havia sido decretada sua prisão pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
No dia 10 de janeiro de 2022, dois dias após os atos criminosos que culminaram na depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília, Moraes decretou a prisão do ex-secretário.
No dia em que saiu a ordem de prisão, Torres estava nos Estados Unidos em viagem com a família. Torres foi exonerado do cargo de secretário durante o ataque aos prédios dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro.
“Eu perdi meu telefone, acho que aquele momento foi o mais duro da minha vida. Eu sai daqui como secretário de segurança e no dia 10 saiu minha prisão, isso me deixou completamente transtornado, eu perdi completamente o equilíbrio com aquela notícia da prisão e nesse contexto eu acabei perdendo o meu celular”, afirmou Torres.
A declaração aconteceu durante seu interrogatório no Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
O ex-ministro também negou qualquer intenção de ocultar provas ou dificultar a investigação. “Cheguei no Brasil e forneci a senha da nuvem do meu celular”, afirmou.
De acordo com o ministro, a viagem com a família estava programada para acontecer em julho de 2022, mas por conta da sobrecarga de trabalho teve que adiar para janeiro durante o período de férias escolares de seus filhos.
“Comprei as passagens em novembro de 2022. Não foi coincidência. Foram férias programadas para tirar com a minha familiar”, complementou o ministro no interrogatório.