SP: pesquisadores acham elementos tóxicos em 51 aves mortas no litoral

Substâncias tóxicas foram encontradas em 51 aves marinhas mortas de nove espécies diferentes, na praia de São Sebastião, Litoral Norte de São Paulo. A pesquisa foi realizada pelo Centro de Estudos Ambientais (CEA) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Rio Claro.

De acordo com a universidade, os pesquisadores mapearam a presença de quatro elementos dentro do fígado das aves: cádmio, cobre, zinco e arsênio. O levantamento tinha como objetivo analisar como essas substâncias afetam as diferentes espécies.

“Esses metais participam de processos biológicos importantes, por isso a presença deles é considerada normal. No entanto, há outras substâncias, como o cádmio e o arsênio, que não possuem função biológica conhecida em vertebrados. Mesmo em baixas concentrações, esses elementos podem causar efeitos tóxicos”, explica Guilherme dos Santos Lima, pesquisador do Centro de Estudos Ambientais (CEA) da Unesp de Rio Claro.

Segundo o estudo, a presença desses metais está ligada ao fluxo das cadeias alimentares no oceano. O plâncton contaminado por arsênio ou cádmio vira alimento para peixes pequenos, que logo após são consumidos por cardumes maiores, e ao final do ciclo, se tornam comida para os pássaros.

Além da contaminação por meio da natureza, se especula recursos humanos como a causa, por exemplo; a mineração, setores da indústria e o agronegócio. Eles ajudam a abastecer as cadeias tróficas com elementos químicos poluidores.

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